"Abertura de Urgências em Alta: Avanços na Saúde em Portugal"

Durante uma conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, destacou os avanços do plano de emergência para a saúde, criado há um ano. Segundo o governante, atualmente, há um número reduzido de urgências fechadas, especialmente na Península de Setúbal, onde, até agora, no mês de julho, "não ocorreu nenhum encerramento" nas urgências obstétricas.

A partir de setembro, o Governo prevê que as urgências do Hospital Garcia da Orta estejam disponíveis diariamente, 24 horas por dia. "A ministra da Saúde e o Governo dedicam-se diariamente à prioridade de reerguer o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que se encontrava numa situação crítica há pouco mais de um ano", enfatizou Leitão Amaro.

O ministro recordou que, quando a Administração Democrática assumiu o governo, foram implementadas medidas de emergência que começaram a mostrar resultados, incluindo um aumento de 140 mil utentes com médico de família e uma redução dos tempos de espera nas urgências.

Entretanto, sublinhou que o caminho para a melhoria do sistema de saúde é complicado. "Se fosse tão simples quanto a lei, já teríamos resolvido todos os problemas da saúde", declarou.

Além disso, a partir de hoje, duas novas ambulâncias foram introduzidas para apoiar as urgências obstétricas na margem sul do Tejo, com a intenção de garantir uma assistência mais rápida e segura às grávidas durante a época de verão. Esta decisão foi anunciada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), após uma reunião com a ministra da Saúde.

Essas ambulâncias, que serão operadas por equipes de bombeiros da região, visam reduzir os desafios logísticos das utentes. Operarão até 30 de setembro, concentrando-se nos hospitais da margem sul com urgências obstétricas encerradas, em rodízio entre os hospitais de Almada, Barreiro e Setúbal.

Recentemente, a ministra da Saúde revelou que o Hospital Garcia de Orta, em Almada, terá a sua urgência obstétrica em funcionamento contínuo a partir de setembro, com reforços de médicos provenientes do setor privado que se juntarão ao SNS.

De acordo com os dados do portal de transparência do SNS, em junho de 2024 existiam 1.604.957 cidadãos sem médico de família. Este número aumentou para 1.669.695 em junho deste ano, representando um acréscimo de 64.738 utentes.