Ai Weiwei marca presença na Bienal de Arte Têxtil Contextile 2026

No panorama artístico de 2026, Ai Weiwei surge como o artista convidado da oitava edição da Bienal de Arte Têxtil Contextile, que decorrerá entre setembro e novembro na cidade de Guimarães, conforme anunciado pela organização.

A bienal, que terá como tema "Por um Fio", convidará à reflexão sobre os desafios actuais, desde crises ambientais a sociais e económicas, utilizando a arte como uma plataforma de resistência, compaixão e imaginação de futuros alternativos.

A Contextile contará com uma programação diversificada, que inclui exposições, residências artísticas, oficinas, performances, encontros e diálogos, envolvendo não apenas artistas e profissionais do sector cultural, mas também o público e as comunidades locais.

Ai Weiwei, actualmente residente em Montemor-o-Novo, nasceu em 1957, em Pequim. Desde há várias décadas, tem desenvolvido um trabalho marcante nas áreas do documentário e das artes visuais, destacando-se pelo seu activismo crítico face à situação dos direitos humanos na China e em outras regiões onde a liberdade é cerceada.

Em 2011, o artista esteve detido durante 81 dias na China, sem acusação formal, vivendo a sua prisão em circunstâncias controversas associadas a supostos crimes económicos. Após a sua libertação, Ai Weiwei teve que esperar quatro anos até receber autorização para deixar o país.

Em uma entrevista à Lusa em 2021, ele expressou a sua filosofia sobre a vida e a arte: “A razão pela qual eu faço o esforço é porque penso que devemos respeitar a vida. Todas as vidas foram criadas iguais. Exigir certos valores é essencial para honrarem as gerações que nos precederam e o futuro que queremos construir.”

Desde a sua última exposição em Serralves, no Porto, Ai Weiwei também apresentou obras em Lisboa e foi agraciado com um doutoramento 'honoris causa' pela Universidade de Évora.