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Zelensky demonstra otimismo sobre fim da guerra na Ucrânia após acordo no Médio Oriente

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vê esperança no término do conflito com a Rússia, inspirando-se no recente acordo entre Israel e Hamas, e sublinha a importância do diálogo e apoio dos EUA.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou a sua esperança de que a guerra com a Rússia possa encontrar um fim, especialmente após o recente acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.

Em uma publicação na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), Zelensky partilhou a sua conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificando-a como "positiva e produtiva". O líder ucraniano congratulou Trump pelo sucesso no acordo do Médio Oriente, descrevendo-o como um "feito incrível". Ele afirmou que "se uma guerra pode ser parada numa região, então outras também podem ser interrompidas", referindo-se diretamente ao conflito com a Rússia.

Zelensky aproveitou a bolha de otimismo para discutir com Trump a situação dos ataques aos sistemas energéticos ucranianos e afirmou que o presidente norte-americano "mostrou disposição" para apoiar Kyiv.

"Abordámos formas de fortalecer a nossa defesa aérea e discutimos acordos concretos que estamos a desenvolver para garantir isso. Existem boas opções e ideias sólidas sobre como realmente nos podemos fortificar", acrescentou o presidente.

No entanto, ele enfatizou que o sucesso das negociações requer que "o lado russo esteja preparado para uma verdadeira diplomacia", assinalando que essa disposição pode ser "alcançada pela força". "Agradeço ao presidente Trump", concluiu.

Na próxima semana, uma delegação ucraniana, incluindo a primeira-ministra Ioulia Svyrydenko, viajará para os Estados Unidos para discutir possíveis sanções e outras questões relacionadas com a defesa da Ucrânia.

A Rússia iniciou a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, justificando a ação com a proteção de minorias separistas pró-russas no leste do país e a "desnazificação" do estado ucraniano. Esta invasão ocorreu numa época em que a Ucrânia buscava afastar-se da influência russa e aproximar-se da Europa e do Ocidente.

No plano diplomático, a Rússia tem rejeitado propostas para um cessar-fogo duradouro e exige que a Ucrânia ceda pelo menos quatro regiões – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia – além da Crimeia, anexada em 2014. A Ucrânia, apoiada por aliados europeus, considera estas condições inaceitáveis e exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de iniciar quaisquer negociações de paz com Moscovo.

Enquanto isso, a ABC News reportou que tropas norte-americanas responsáveis pela supervisão do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas já chegaram à região. Este movimento ocorreu depois de a porta-voz da Casa Branca confirmar o envio de 200 militares do comando central do exército (CENTCOM) para "monitorar o acordo de paz".

Os soldados enviados a Israel são especializados em transporte, planeamento, logística, segurança e engenharia, e irão colaborar com representantes de outros países, do sector privado e de organizações não governamentais.

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