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Venezuela reforça sua defesa em resposta à presença militar dos EUA

O governo venezuelano ativou o plano de defesa "Independência 200" em mais três estados, citando "ameaças" da presença militar norte-americana no Caribe.

A Venezuela deu hoje um passo firme na sua defesa ao ativar o plano "Independência 200" em três novos estados, em resposta às alegadas "ameaças" por parte dos Estados Unidos, que mantêm uma presença militar nas proximidades no Mar do Caribe.

A informação foi avançada pela agência de notícias espanhola Efe, revelando que este plano envolve civis armados, forças policiais e militares. O objetivo é preparar a população e as forças armadas do país, conforme afirmou Diosdado Cabello, ministro do Interior.

Com esta nova ativação, Anzoátegui, Monagas e Bolívar juntam-se a outras cinco regiões já abrangidas pelo plano nos últimos dias. Cabello, numa transmissão pelo canal estatal VTV, sublinhou que estes exercícios visam "manter o inimigo em constante estado de alerta" e não simplesmente esperar passivamente por um confronto.

O ministro reiterou que, apesar de o Estado deter o monopólio das armas, essas estão agora "nas mãos do povo", que é o verdadeiro guardião da soberania nacional, pedindo uma "resistência ativa e prolongada".

Maduro, através da plataforma Telegram, justificou a ativação nestes estados como uma resposta estratégica, uma vez que formam um "corredor vital" que se estende do Mar do Caribe ao rio Orinoco e à fronteira sul com o Brasil.

Ele também indicou que as Zonas Operacionais de Defesa Integral (ZODI) serão ativadas de forma contínua, começando pelas regiões costeiras. Além disso, na sexta-feira, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, revelou que a realização de exercícios tem como intuito enfrentar a "campanha aérea" dos EUA.

Enquanto isso, os EUA justificam a sua presença militar como uma operação anti-tráfico de drogas proveniente da Venezuela, enquanto o governo de Maduro a considera uma ameaça à sua soberania, afirmando que é parte de uma tentativa de "mudança de regime".

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