Política

Aliados políticos exigem apoio imediato aos viticultores do Douro

Partido Socialista, PCP, Chega, PAN, IL e CDS-PP instam o Governo a tomar medidas urgentes para apoiar viticultores do Douro face a uma crise severa no setor vitivinícola.

09/07/2025 20:30
Aliados políticos exigem apoio imediato aos viticultores do Douro

No âmbito das discussões na Assembleia da República, o Partido Socialista (PS), o PCP, Chega, PAN, IL e CDS-PP apresentaram projetos de resolução que exigem ao Governo a criação de medidas urgentes para apoiar os viticultores da Região Demarcada do Douro, que enfrentam uma crise sem precedentes.

Os projetos, que foram discutidos após uma manifestação de pequenos e médios produtores a 02 de julho na Régua, focaram as dificuldades no escoamento das uvas e a venda a preços drasticamente reduzidos, enquanto os custos de produção continuam a aumentar.

Rui Santos, do PS, afirmou que a RDD está a passar por uma crise grave, caracterizada pelo excesso de stocks de vinho e pela significativa redução do benefício associado à produção de vinho do Porto, o que resultou numa incapacidade de escoamento durante os últimos dois anos. “Perdemos rendimentos e, trágicamente, temos casos de abandono de uvas por vindimar”, alertou o deputado.

Paula Santos, em representação do PCP, criticou a inação do Governo e pediu a implementação de medidas como a definição de preços mínimos e a limitação da importação de vinho a granel.

Pedro Frazão, do Chega, expressou a frustração dos viticultores durienses com as promessas não cumpridas e sugeriu uma linha de crédito com juros bonificados, bem como a destilação do vinho em excesso para a produção de aguardente.

Inês Sousa Real, do PAN, destacou que a resposta do Governo ainda é insuficiente e propôs que os municípios adquiram as uvas em excesso, para serem utilizadas em refeitórios escolares, e a necessidade de elaborar um plano que ajude a adaptar o setor às alterações climáticas.

Mário Amorim Lopes, da IL, observou a queda de 32% no consumo mundial de vinho do Porto desde o ano 2000 e defendeu uma reorganização voluntária da produção vitivinícola, evitando o aumento do benefício em tempos difíceis.

João Almeida, do CDS-PP, lembrou iniciativas do anterior Governo e pediu um reforço nos esforços de promoção internacional, visando escoar a produção a preços que garantam a sustentabilidade dos viticultores.

Fernando Queiroga, do PSD, reiterou que o foco deve ser encontrar soluções que promovam um rendimento justo para os produtores, enquanto Mariana Mortágua (BE) e Jorge Pinto (Livre) também comentaram as ameaças externas que podem agravar a situação, pedindo a adoção de novas soluções para o setor.

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