Alianças à Esquerda em Lisboa: Uma Alternativa à Direita
O Livre considera que a nova coligação à esquerda em Lisboa é a única opção viável, enquanto o BE defende que a união dos partidos supera o individualismo.

Hoje, após a assinatura do acordo de coligação entre PS, Livre e PAN para as autárquicas em Lisboa, Rui Tavares, porta-voz do Livre, apontou que a coligação representa a única alternativa válida a Carlos Moedas, sublinhando que "Lisboa, amada pelos seus cidadãos, está mal-amada pelo seu presidente e vereadores".
Questionado sobre a ausência da CDU nesta coligação, com João Ferreira como candidato, Tavares reafirmou o respeito por todas as forças políticas, mas reforçou que a única via viável à liderança da câmara é esta coligação, destacando que "não se fazem geringonças depois e não podemos entrar fragmentados". Advertiu ainda para o facto de a direita em Lisboa estar unida, mencionando o Chega como um elemento que favorece Carlos Moedas.
O porta-voz do Livre destacou que "as coisas estão a desbloquear à esquerda" e que as recentes eleições legislativas deixaram o país desequilibrado, com um cenário político dominado pela direita. "Os portugueses querem um reequilíbrio na política, e isso começa em Lisboa," acrescentou, reconhecendo a importância das coligações nas cidades.
Mariana Mortágua, coordenadora nacional do BE, criticou Moedas, alegando que ele tem promovido uma "cidade de elite", destinada apenas aos mais ricos. Defendeu que "Lisboa deve ser uma cidade inclusiva para todos", evocando a contribuição de Jorge Sampaio para destacar a força da aliança entre partidos em prol de um futuro promissor e transformador.
Mortágua afirmou que "é a situação atual da cidade que é realmente radical, com problemas como a sujidade e a falta de habitação". Para ela, as coligações são essenciais para enfrentar desafios contemporâneos, como a habitação e as alterações climáticas, projetando Lisboa como um exemplo positivo.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, frisou que "este é o momento de uma verdadeira transformação na cidade", ressaltando a necessidade de uma Lisboa mais comprometida com o meio ambiente e com o bem-estar dos cidadãos. Criticou também o mandato de Carlos Moedas, afirmando que "Lisboa retrocedeu em bem-estar animal".
Concluiu, afirmando que "não precisamos de mais 'fábricas de unicórnios', mas de uma Lisboa que verdadeiramente cuide das pessoas e dos seus problemas reais que têm sido esquecidos".