Ergue-te desiste da corrida eleitoral à Câmara de Lisboa
O partido Ergue-te, actualmente em processo de extinção, optou por cancelar a sua candidatura às eleições autárquicas de Lisboa, conforme revelou o seu presidente honorário, José Pinto Coelho.

O partido nacionalista de extrema-direita Ergue-te, que enfrenta um processo de extinção no Tribunal Constitucional, anunciou a desistência da sua candidatura à presidência da Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas.
José Pinto Coelho, presidente honorário da formação, explicou à agência Lusa que a decisão se deve à perceção de que "seria uma participação eleitoral sem sentido", confirmando que a candidatura, inicialmente apresentada em fevereiro, "fica sem efeito".
A Arguida lista era liderada por Pinto Coelho, que tinha como foco principal eliminar o multiculturalismo na capital. Este político já concorreu a estas eleições em várias ocasiões, representando anteriormente o Partido Nacional Renovador (PNR), um dos antecessores do Ergue-te.
Pinto Coelho afirmou que o partido decidiu concentrar os seus esforços em Lisboa, não havendo planos para candidaturas em outras localidades do país. O processo de extinção do Ergue-te, sob a liderança de Rui Fonseca e Castro, ainda não se encontra finalizado, a aguardar a publicação do acórdão pelo Tribunal Constitucional.
"Um novo partido surgirá após as eleições autárquicas ou presidenciais. Os nacionalistas não ficarão sem representação", garantiu Pinto Coelho, referindo que a extinção do Ergue-te representa um golpe fatal numa estrutura já debilitada.
No contexto atual, as eleições autárquicas em Lisboa, marcadas para 12 de outubro, contam com outras candidaturas, incluindo Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega) e José Almeida (Volt).
A Câmara de Lisboa é atualmente presidida por Carlos Moedas (PSD), que governa sem uma maioria absoluta, enfrentando oposição de várias coligações e partidos.