António José Seguro advoga pelo mar como prioridade nacional
O candidato à presidência, António José Seguro, defende que o mar deve ser uma questão central para Portugal, capaz de unir o país e impulsionar o desenvolvimento económico.

António José Seguro, candidato à presidência, esteve hoje em visita à Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), localizada em Paço de Arcos, Oeiras. Durante a sua passagem, enfatizou a necessidade de colocar o mar no centro das prioridades nacionais.
A EMEPC tem como missão reunir fundamentos científicos que sustentem a proposta de Portugal para alargar a sua plataforma continental perante as Nações Unidas. O objetivo é ampliar a soberania nacional no mar, além da Zona Económica Exclusiva (ZEE), atualmente limitada a 200 milhas marítimas, o que permitirá explorar e aproveitar os recursos presentes no fundo marinho.
Para que a proposta seja aceite, Portugal deverá demonstrar que os sedimentos subaquáticos possuem características geológicas associadas à sua costa. Nesse sentido, a EMEPC promove pesquisa científica e inovações, utilizando um Veículo de Operação Remota (ROV) que António José Seguro teve a oportunidade de observar na sua visita. Este equipamento tem a capacidade de descer a até seis mil metros de profundidade para a recolha de amostras.
No final da visita, Seguro expressou a sua admiração pela EMEPC e reiterou que a questão do mar deve ser uma prioridade. “Não conheço outro projeto com tal magnitude que possa contribuir para a riqueza e os recursos do país”, afirmou, sublinhando como o conhecimento do mar profundo pode beneficiar setores como a economia, a indústria farmacêutica, a nutrição e a cosmética.
O candidato presidencial destacou que o setor marítimo representa uma “oportunidade enorme” para o desenvolvimento de Portugal e deve ser integrado como um tema central na política nacional. “Não deve ser um tema de divisão, mas sim de união”, acrescentou, referindo-se ao “novo mundo” que se apresenta à nação.
Seguro classificou a EMEPC como um dos projetos mais significativos para a afirmação da soberania portuguesa, defendendo que deve ser apoiada por todo o país, incluindo partidos políticos e o governo. Para ele, a soberania moderna implica a gestão responsável do território e dos recursos, incluindo aqueles localizados nas profundezas do mar.
Por último, António José Seguro fez um apelo para que o mandato da EMEPC se torne permanente, sem prorrogações temporárias, para assegurar estabilidade na sua operação e garantir que a submissão às Nações Unidas não tenha de recomeçar caso a estrutura cesse os seus trabalhos, cujo mandato se extingue a 31 de dezembro.