"António José Seguro promete um presidencialismo ético e exigente"
O candidato à presidência António José Seguro salientou a necessidade de garantir a transparência e a ética na formação de governos, prometendo um exercício responsável do cargo.
Em declarações à agência Lusa, António José Seguro, candidato à Presidência da República, reafirmou a sua intenção de ser um presidente exigente, especialmente no que respeita à ética e transparência durante a formação de governos. "É essencial que desde o início se estabeleçam regras e princípios para evitar surpresas futuras", afirmou.
Seguro sublinhou que o Presidente da República detém um papel fundamental nas discussões com o primeiro-ministro designado, desde a auscultação dos partidos políticos após as eleições até à nomeação do governo. "Quero ser um Presidente exigente, também no que concerne à ética dos servidores públicos", disse.
Em resposta a questões sobre a atuação do atual Presidente da República, António José Seguro preferiu não criticar, apontando apenas que "a transparência é uma condição para a vida democrática". "É preciso estabelecer confiança e credibilidade," concluiu.
Sobre a recente controvérsia envolvendo a empresa Spinumviva e o primeiro-ministro Luís Montenegro, Seguro decidiu não comentar, enfatizando que não pretendia autolimitar-se nas suas futuras funções. "Quando surgirem esses contextos, agirei de acordo com a Constituição e exigirei uma ética robusta", declarou.
Seguro argumentou ainda que a transparência é um elemento crucial no contrato de confiança entre eleitores e eleitos. "Esconder informações prejudica essa confiança, e nós necessitamos de clareza", enfatizou, sublinhando que os políticos devem ser responsabilizados a todo o momento, não apenas durante as eleições.
Recordou também situações do seu passado, revelando que colocou o seu cargo de ministro à disposição do então primeiro-ministro António Guterres, após ser questionado sobre uma potencial ligação a uma empresa. "Se houvesse dúvida, mesmo que eu estivesse inocente, eu faria o que era certo para a democracia", afirmou, ressaltando a necessidade de agir de forma ética e transparente na vida política.