Política

António José Seguro promove convenção para reafirmar os valores democráticos

O candidato à presidência, António José Seguro, manifesta a sua oposição aos extremismos e anuncia uma convenção pela democracia para o dia 15, destacando a importância de enfrentar os desafios sociais.

Na sua última entrevista à agência Lusa, António José Seguro, candidato às eleições presidenciais, expressou a sua determinação em combater os extremismos, que descreveu como "venenos da democracia que precisam de ser enfrentados". Na sua visão, os extremos não são soluções, mas parte dos problemas que a sociedade enfrenta atualmente.

O candidato manifestou a sua indignação em relação aos cartazes polémicos do líder do Chega, André Ventura, revelando que "numa campanha eleitoral não se deve valer tudo por votos". No entanto, Seguro optou por não solicitar a intervenção do Ministério Público, preferindo respeitar as competências das instituições envolvidas.

Para demonstrar o seu compromisso com a democracia, Seguro anunciou uma "convenção pela democracia" marcada para o dia 15 deste mês, onde pretende debater a importância de construir uma sociedade inclusiva e discutir os problemas que afligem os cidadãos. "É essencial valorizar aquilo que nos une, mesmo nas nossas diferenças", afirmou.

Questionado sobre o crescimento da extrema-direita, Seguro reconheceu que "todos têm responsabilidades" e salientou que o Estado, ao não responder eficazmente às questões sociais, tem contribuído para a desilusão das pessoas com a política e a democracia. "A alternativa à democracia é a tirania, e nós não podemos permitir que isso aconteça", destacou.

O ex-secretário-geral do Partido Socialista lembrou que a democracia não deve ser encarada como um dado adquirido, mas sim como um valor que deve ser constantemente defendido. O candidato criticou práticas políticas que minam a transparência e a confiança nas instituições.

Relativamente aos cartazes de André Ventura, que abordam temas sensíveis como a imigração, Seguro qualificou-os como "inaceitáveis" e defendeu que merecem uma condenação clara. Apesar de ter uma opinião pessoal sobre a situação, reiterou a importância de respeitar o trabalho das instituições competentes.

Quanto à recente aprovação da lei da nacionalidade, Seguro manifestou preocupação pela ausência de consenso e contributos de diversos partidos, incluindo o seu, sublinhando que diplomas desta natureza devem ser abrangentes e duradouros.

#DemocraciaEmPerigo #CombateAosExtremismos #VotoConsciente