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Aumento da Violência Contra Humanitários em Gaza e Sudão Preocupa Cruz Vermelha

O CICV alertou sobre a escalada da violência contra trabalhadores humanitários em Gaza e Sudão, onde a recente morte de voluntários alerta para a gravidade da situação.

O diretor-geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Pierre Krahenbuhl, expressou grave preocupação face ao aumento da violência dirigidas a trabalhadores humanitários, particularmente em Gaza e Sudão. Durante uma entrevista à agência France-Presse (AFP) no Bahrein, destacou que a situação é alarmante, uma vez que têm ocorrido numerosos ataques. Esta semana, cinco voluntários do Crescente Vermelho sudanês foram mortos no estado do Kordofan do Norte.

O Kordofan do Norte tem sido palco de intensos combates entre forças militares e paramilitares que lutam pelo controlo da região desde abril de 2023, resultando em uma tragédia humanitária de grandes dimensões. O CICV fez um apelo rigoroso para que todas as partes em conflito assegurem a proteção dos trabalhadores humanitários, que muitas vezes são os únicos disponíveis para ajudar aqueles em situações críticas.

“Atacar estes profissionais não só coloca as suas vidas em risco, como também compromete os valores de humanidade e solidariedade que representam”, afirmou a organização. O Sudão, que é o terceiro maior país de África, enfrenta uma devastadora guerra civil que resultou em dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados, qualificando a situação como uma das piores tragédias humanas atuais, segundo a ONU.

Por outro lado, no que diz respeito à Faixa de Gaza, a ofensiva militar israelita já provocou a morte de mais de 68.500 palestinianos desde 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas a Israel, que resultou em cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

Numa nota adicional, Krahenbuhl revelou que as visitas da Cruz Vermelha a detidos palestinianos não representam risco, apesar da proibição imposta por Israel devido a alegadas preocupações de segurança. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, havia impedido o acesso à Cruz Vermelha a indivíduos detidos por atividades relacionadas com conflitos, argumentando que isso colocaria em risco a segurança nacional.

“Estas visitas não constituem uma ameaça à segurança de Israel”, assegurou Krahenbuhl.

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