Autarca de Vila Real questiona falhas no combate ao incêndio da serra do Alvão
O presidente da câmara de Vila Real expressa preocupação com as falhas no combate ao incêndio que devastou 6.445 hectares durante 12 dias e exige respostas das autoridades.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Alexandre Favaios, manifestou a sua preocupação em relação às falhas observadas no combate ao incêndio que consumiu 6.445 hectares na serra do Alvão. "Deixou-nos muito preocupados alguns dos silêncios que se verificaram, e por isso queremos saber o que realmente não correu bem durante estes 12 dias de incêndio", afirmou Favaios em declarações à imprensa.
O fogo teve início em 2 de agosto, na localidade de Sirarelhos, e rapidamente se alastrou pela serra do Alvão, atingindo também a área de Mondim de Basto. Ao longo deste período, o autarca fez vários apelos para um reforço de meios e exigiu esclarecimentos à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e ao Governo sobre a situação.
"As respostas devem vir dos responsáveis máximos, iblanda a ANEPC e os responsáveis políticos, que devem esclarecer a população que viu as suas casas, vidas e terras em risco", acrescentou Favaios. O autarca mostrou-se ciente das dificuldades enfrentadas nas condições meteorológicas e de combate, mas sublinhou que, após um período de acalmia, o incêndio voltou a reacender-se, causando ainda mais tumultos.
Ao todo, foram mais de 12 dias de intensa ação, onde mais de 6.000 hectares foram devastados. "A nossa comunidade foi ferida, mas continua de pé", disse Favaios, que aproveitou a ocasião para expressar o seu agradecimento aos bombeiros e operacionais que tiveram um papel crucial no combate às chamas. "A sua dedicação foi fundamental e não hesitaram em ajudar Vila Real", destacou.
A avaliação dos danos causados pelo incêndio está agora a ser iniciada, com foco no património natural, incluindo o Parque Natural do Alvão, e em áreas de pasto e floresta. "Precisamos primeiro de avaliar o impacto e, em seguida, refletir sobre as estratégias de recuperação", afirmou o autarca, comprometendo-se a agir em defesa do património da região.
A Câmara Municipal irá esforçar-se para garantir a recuperação da sua rica herança natural, reconhecendo a importância da estabilização dos solos afetados e do apoio às comunidades atingidas.