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Câmara de Loures justifica despejo e oferece abrigo à mãe

A Câmara Municipal de Loures pronuncia-se sobre o despejo de uma mãe após deixar a filha na creche, esclarecendo os motivos e a oferta de apoio temporário.

10/07/2025 15:45
Câmara de Loures justifica despejo e oferece abrigo à mãe

A Câmara Municipal de Loures elucidou a situação de uma mãe que, após deixar a sua bebé na creche em Quinta do Mocho, voltou para descobrir que a sua casa estava fechada pela autarquia. Esta ação, ocorrida na quarta-feira, foi justificada por vários incumprimentos legais.

Segundo a autarquia, a decisão de fechar a habitação está relacionada com uma dívida acumulada em rendas que ultrapassa os 6.000 euros e o facto da mulher não pertencente ao agregado familiar autorizado a residir no imóvel. Na ocasião, foi identificado o arrendatário oficial, que confirmou estar a residir no estrangeiro, configurando assim uma cedência não autorizada do espaço a terceiros.

A Câmara Municipal também destacou que, apesar da mãe não ter submetido qualquer candidatura ao Plano Extraordinário de Regularização de Ocupações, foi proposta uma solução de acolhimento temporário em pensão, a qual foi rejeitada. Foram ainda apresentadas alternativas de arrendamento, com apoio financeiro para cauções e primeiras rendas.

A situação foi reportada ao Notícias ao Minuto por uma funcionária da creche, que expressou a preocupação com o caso e mencionou que despejos ocorrem frequentemente. A trabalhadora relatou que, após o incidente, a mãe ficou em estado de choque ao retornar para casa e encontrar as portas trancadas.

A Câmara de Loures rejeitou as alegações de despejos em massa na zona, respondendo a uma denúncia do movimento Vida Justa que indicou ordens de despejo para 200 famílias na Quinta do Mocho. A autarquia contrapunha que, entre os 615 despejos programados para o concelho, apenas 269 envolvem moradores da Urbanização Terraços da Ponte.

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