Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo alerta para aumento de furtos agrícolas

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, situada no distrito de Beja, expressou a sua preocupação ao ministro da Agricultura sobre os furtos recorrentes de melão e melancia que têm afetado os campos agrícolas locais. Esta questão foi debatida em reunião com os agricultores da região, em especial os pequenos produtores, e elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR).

O presidente da Câmara, Luís Pita Ameixa, explicou à agência Lusa que os agricultores têm enfrentado dificuldades em proteger as suas culturas, uma vez que muitos são pequenos exploradores que não conseguem vigiar constantemente os seus produtos, dispersos em várias localizações.

Embora não consiga quantificar o número total de queixas, Pita Ameixa destacou uma crescente sensação de insegurança e o receio de possíveis confrontos entre agricultores e os responsáveis pelos furtos. "Os agricultores podem encontrar pessoas desconhecidas nas suas explorações, o que aumenta o risco de conflitos", alertou.

Além da questão da segurança, os produtores também se mostraram preocupados com os "prazos de segurança" no que diz respeito aos fitofármacos aplicados, que podem afetar a saúde pública. O autarca enfatizou que os produtos não devem ser comercializados antes de cumprirem os devidos prazos de segurança, pois a venda apressada pode pôr em risco a saúde dos consumidores.

No contexto do Conselho Municipal de Segurança, realizado na passada quinta-feira, foi solicitado à GNR que desenvolvesse uma relação mais próxima e efetiva com os agricultores, para uma maior eficiência na prevenção de furtos. Foi igualmente decidido comunicar ao ministro da Agricultura e à ministra da Administração Interna a necessidade de reforçar o policiamento na região.

Pita Ameixa sublinhou que durante a época da azeitona tem-se verificado um aumento na segurança e na fiscalização, o que poderia ser uma estratégia a considerar para outras fases do ano. Além disso, pediu à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) um aumento da fiscalização sobre os produtos que são furtados, que frequentemente não têm a documentação necessária e são comercializados de forma informal.