"Catarina Silva: Do Vazio Emocional à Construção de Mundos Fantásticos"
Catarina Silva partilha como encontrou na escrita a cura para a dor e a coragem de se reinventar. A sua obra de estreia, 'Gladiadora', reflete uma jornada intensa de autodescoberta.

No âmbito de um diálogo exclusivo com o Notícias ao Minuto, Catarina Silva, uma jovem autora que fez história ao tornar-se a primeira escritora de ficção fantástica da Manuscrito, parte do Grupo Editorial Presença, revela como a sua obra de estreia, 'Gladiadora', emergiu de um "coração vazio" que se foi "enchendo capítulo a capítulo".
Apesar de os livros terem sido uma fuga constante ao longo da sua vida, foi apenas durante o ensino secundário que Catarina se apaixonou pela escrita. Foi uma amiga que a incentivou a dar os primeiros passos na criação literária e, desde então, nunca mais olhou para trás.
Formada em Matemática Aplicada à Economia e Gestão e atualmente a mestrar em Ciência de Dados, Catarina reconhece que os seus conhecimentos matemáticos influenciam o seu processo de escrita. "A Matemática ensinou-me a pensar de forma metódica e sequencial, o que me ajuda a organizar ideias durante a escrita", explica.
Na sua jornada literária, a autora encontrou em Genevieve, a protagonista de 'Gladiadora', não apenas uma forma de expressar a revolta e a dor que sentia, mas também uma fonte de coragem. Catarina afirma categoricamente que escreve "mais por precisar do que por querer" e deseja que os leitores encontrem conforto e coragem nas suas páginas.
Sobre a construção do universo de 'Gladiadora', Catarina partilha que foi um processo divertido e revelador. A ideia inicial e o jogo de dualismos que advém dele foram a semente da história, refletindo a profundidade das experiências humanas.
A autora fala com entusiasmo sobre a forma como todos os seus personagens, mesmo que fictícios, possuem uma essência real que ressoa com os leitores. "As lágrimas que choramos e os sorrisos que soltamos ao ler são as experiências mais verdadeiras que temos", afirma.
Catarina não esconde a sua ligação especial com Genevieve, mas destaca também outras personagens que surpreenderam e desafiaram as suas expectativas, como Will e Maya, que prometem deixar os leitores intrigados.
Firme em suas convicções, Catarina aborda temas significativos como amizade, luto, feminismo e guerra, que a movem e a conectam com os seus leitores. A sua mensagem é clara: a literatura é uma ferramenta poderosa para entender e curar as feridas da vida.
Por fim, enquanto reflete sobre a receção calorosa de 'Gladiadora' e o impacto emocional que a escrita teve na sua vida, Catarina considera a possibilidade de continuar a explorar este universo, ansiosa por partilhar mais histórias com os leitores.