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Chikungunya: Um surto preocupante no sudeste da China

O sudeste da China enfrenta um surto alarmante de chikungunya, com mais de 2500 casos confirmados até agora. Conheça melhor esta doença transmitida por mosquitos.

há 7 horas
Chikungunya: Um surto preocupante no sudeste da China

Um surto de chikungunya no sudeste da China, detetado a 8 de julho, já reportou mais de 2500 casos. A cidade de Foshan, com uma população de cerca de 7,4 milhões de habitantes, tomou medidas significativas ao designar 53 hospitais como centros de tratamento e disponibilizar mais de 3.600 camas equipadas com proteção contra mosquitos, conforme noticiado pela televisão estatal CCTV.

Adicionalmente, 35 hospitais da localidade foram autorizados a realizar testes PCR específicos para a deteção do vírus. Casos suspeitos que resultarem positivos irão ser hospitalizados com a intenção de conter a propagação do surto.

Mas, afinal, o que é a chikungunya? Chikungunya é o nome da infeção provocada pelo vírus que leva o mesmo nome. O primeiro caso desta doença foi reportado no Planalto Makonde, na Tanzânia, em 1952. O termo 'chikungunya' provém de um verbo no dialeto local que significa 'dobrar-se' ou 'andar curvado', uma referência à postura dos doentes devido à intensa dor articular causada pela infeção.

O vírus é transmitido principalmente por mosquitos dos géneros Aedes, em particular pelas espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus. É importante notar que a chikungunya não se dissemina de pessoa a pessoa, exceto de mães para filhos durante a gravidez ou através de transfusões sanguíneas contaminadas.

Este vírus é encontrado em mais de 60 países, especialmente na região do Sudoeste Asiático, em África e na América do Sul. A Europa também registou casos, tendo havido infeções adquiridas no estrangeiro, bem como surtos locais, como aconteceu em Itália em 2007 e 2017.

Os sintomas da chikungunya surgem após um período de incubação que varia entre 3 a 7 dias, podendo atingir até 12 dias. Na fase aguda da infeção, os sintomas mais marcantes incluem febre elevada e dores articulares intensas. Vale ainda ressaltar que os casos mais graves tendem a ocorrer em grupos vulneráveis, como mulheres grávidas em fases avançadas, pessoas com mais de 65 anos e aqueles com doenças preexistentes, tais como insuficiência renal ou cardíaca.

Atualmente, não existem medicamentos antivirais específicos para tratar a chikungunya; assim, o tratamento é sintomático e visa aliviar a dor nas articulações. Uma vacina contra a chikungunya recebeu aprovação das autoridades europeias em junho de 2024, embora ainda não existam métodos de prevenção farmacológica para esta doença.

Deste modo, é crucial adotar medidas preventivas ao viajar para áreas onde o vírus é endémico. Recomenda-se o uso de redes nas janelas, o emprego de ventoinhas, a cobertura adequada do corpo em ambientes externos, a aplicação de repelentes e a eliminação de água parada nas proximidades das habitações.

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