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Comandante militar israelita antecipa uma "ofensiva abrangente" no Médio Oriente

Eyal Zamir, chefe do exército israelita, prepara as tropas para uma "campanha ampla", numa altura de crescente complexidade e tensão na região.

22/07/2025 15:30
Comandante militar israelita antecipa uma "ofensiva abrangente" no Médio Oriente

O general Eyal Zamir, responsável pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), declarou ontem que as forças armadas devem estar prontas para uma "campanha ampla e abrangente" face à complicada situação no Médio Oriente.

Em meio a uma intensa ofensiva na Faixa de Gaza e numerosos ataques israelitas contra distintos países da região, Zamir enfatizou que "é imperativo que as IDF operem em múltiplos teatros enquanto mantêm uma defesa sólida, tanto nesses locais como nas suas fronteiras".

Durante uma das análises de situação mais aguardadas nos últimos dois anos, que abrangeu também o Irão e a Faixa de Gaza, o comandante sublinhou a importância de "continuar a garantir a superioridade aérea e a reforçar as operações de inteligência".

Zamir considerou a campanha em Gaza como uma das mais complexas enfrentadas até agora pelas IDF, mas afirmou que o exército já obteve significativos sucessos. "Persistiremos até alcançar os nossos objetivos: o resgate dos reféns, sequestrados desde os ataques de 7 de outubro de 2023, e a neutralização do Hamas", indicou.

O chefe do exército israelita reiterou que as tropas continuarão a "enfraquecer as capacidades estratégicas da Síria e do Hezbollah", enquanto garantem a liberdade de ação. "Mantemos operações na Judeia e na Samaria, combatendo o terrorismo de maneira eficaz e contínua", acrescentou Zamir.

No que diz respeito ao Irão, o comandante alertou que "a campanha continua", apesar do cessar-fogo em vigor desde 24 de junho, resultante de um conflito de 12 dias. "O Irão e o seu eixo permanecem sob o nosso escrutínio", afirmou.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortes e mais de duas centenas de reféns. A retaliação israelita já causou mais de 59 mil mortes e destruiu praticamente todas as infraestruturas de Gaza, forçando centenas de milhares a deixar suas casas.

Além disso, Israel realizou um ataque na Síria a 16 de julho, bombardeando Damasco e a cidade de Sweida, onde conflitos interétnicos levaram à morte de mais de 1.000 pessoas. Telavive justificou a operação como defesa das comunidades drusas, uma minoria presente em Israel.

Na passada noite, a aviação israelita atacou áreas adjacentes à cidade de Sweida, enquanto decorre uma trégua após confrontos intercomunitários, conforme noticiado pela agência oficial síria SANA.

As forças armadas israelitas também têm levado a cabo operações e bombardeios no Líbano com o intuito de desmantelar o Hezbollah.

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