Decisão do tribunal mantém bloqueio da AP à cobertura de eventos da Casa Branca
Um tribunal de recurso dos EUA reiterou restrições que impedem a Associated Press de cobrir diretamente eventos do Presidente, como sessões na Casa Branca e no Air Force One.

O Tribunal de Recurso para o Circuito do Distrito de Columbia confirmou, esta quinta-feira, uma decisão anterior que permite à Casa Branca barrar jornalistas da Associated Press (AP) de integrarem um grupo rotativo que cobre as atividades do Presidente Donald Trump.
A decisão, datada de 06 de junho, sustenta que locais como a Sala Oval, Mar-a-Lago e o Air Force One não são acessíveis ao público em geral nem a todos os meios de comunicação, confere à Casa Branca a autoridade para decidir quem pode ter acesso.
A AP tinha pedido ao tribunal que reavaliasse essa decisão, mas o pedido foi negado.
Vale lembrar que, em abril, um juiz distrital federal em Washington tinha determinado que a Casa Branca devia levantar a proibição relativa aos jornalistas da AP. Contudo, dois meses depois, um painel de três juízes decidiu a favor da administração Trump, revertendo a ordem anterior.
O bloqueio à AP surge após a agência ter persistido no uso do nome "Golfo do México", mesmo depois de Trump ter imposto que a designação oficial fosse "Golfo da América".
Desde que Donald Trump reassumiu o cargo, a Casa Branca tem assumido um controlo mais rigoroso sobre a composição do grupo de jornalistas que acompanha o Presidente, anteriormente gerido pela Associação de Correspondentes da Casa Branca.
A AP, que sempre foi um membro essencial deste grupo, agora está excluída, enquanto a Casa Branca convidou influenciadores e criadores de conteúdos associados ao movimento "Make America Great Again" (MAGA) para participar de algumas conferências de imprensa e eventos.