Desfiliação no PAN: Carlos Macedo critica falta de direcção
Carlos Macedo, elemento da Comissão Política do PAN, abandona o partido, acusando-o de estar "sem rumo" e a restringir a liberdade de expressão interna. Esta é a quinta saída significativa de dirigentes.

"Decidi desfiliar-me do PAN. O partido atual está sem um rumo claro, totalmente à deriva, e o que parece importar é qualquer tipo de poder", expressou Carlos Macedo nas redes sociais.
Este dirigente, que foi eleito para a Comissão Política através de uma lista que se opunha à porta-voz Inês de Sousa Real, era associado ao PAN desde 2011.
“Após o acordo controverso com o PSD e o CDS na Madeira em 2023, o PAN repete o erro ao aliado-se ao PSD, IL e CDS nas autárquicas de Faro. Este mesmo CDS, que se destaca por defender tradições como as touradas, enquanto, curiosamente, noutro concelho se junta ao Livre e ao BE. Isso revela uma grande incoerência", criticou.
Carlos Macedo afirmou ainda que "a liberdade de opinião está a ser constantemente silenciada, com a entrada em vigor da chamada 'lei da rolha', enquanto o Congresso é adiado indefinidamente".
Agradeceu, por fim, a todos que confiaram nele, declarando: "A luta continua. Estarei sempre pronto a defender a liberdade”, recordando as diversas funções que desempenhou em atos eleitorais.
A saída de Macedo é a quinta desde as legislativas de 18 de maio, incluindo a demissão de Carolina Pia, cabeça de lista do PAN por Viseu, que criticou a direcção.
Além disso, Anabela Castro e Nuno Pires abandonaram o partido no dia das eleições, e Pedro Fidalgo Marques anunciou a sua saída da comissão política permanente, mantendo-se na Comissão Política Nacional.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, reiterou a sua liderança aberta e disse ter uma "consciência tranquila", desafiando as narrativas negativas que circulam sobre a sua direcção.