Empréstimos para habitação registam crescimento significativo em junho
Em junho, os empréstimos para habitação aumentaram 7,3% em relação ao ano anterior, atingindo 106.321 milhões de euros, o que representa a maior variação desde 2008, de acordo com o Banco de Portugal.

No final do mês de junho, os empréstimos para habitação continuaram a sua tendência ascendente, somando um total de 106.321 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 7,3% face ao mesmo mês de 2022 e na maior taxa de variação anual desde agosto de 2008. Este crescimento representa um acréscimo de 1.525 milhões de euros em comparação com o final de maio.
Além disso, o total de empréstimos concedidos a particulares também apresentou um crescimento de 7,4% em junho, atingindo 138.974 milhões de euros, o que equivale a mais 1.760 milhões em relação ao mês anterior. Os empréstimos para consumo e outras finalidades subiram 235 milhões de euros em comparação com maio, totalizando 32.652 milhões de euros e mostrando uma valorização homóloga de 7,9% que supera a taxa anterior de 7,6%.
Segundo os dados do Banco de Portugal, a taxa de variação anual foi de 7,4% nos empréstimos ao consumo e de 8,6% para outros fins. O crédito pessoal, no fim de junho, totalizava 12.986 milhões de euros, com um incremento de 70 milhões de euros em relação ao mês de maio, mantendo uma variação anual de 7,3%.
No que diz respeito ao crédito automóvel, este alcançou 8.745 milhões de euros, com um aumento de 68 milhões de euros em relação a maio, e uma taxa de variação anual de 10,1%. Os cartões de crédito, por sua vez, totalizaram quase 3.288 milhões de euros, registrando uma subida de 52 milhões e uma taxa de variação anual de 9,0%.
O crédito a empresas também evidenciou um aumento, com um 'stock' de 73.160 milhões de euros, o que corresponde a um aumento homólogo de 3,6% e representa o crescimento mais elevado desde janeiro de 2022, superando a média da área do euro por dois meses consecutivos. As microempresas, pequenas e grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas, enquanto as médias empresas registaram uma diminuição de 2,1%.
Observou-se um impulso no crédito no setor industrial e elétrico, que girou para um crescimento positivo (1,5% em junho), assim como na construção e atividades imobiliárias, que cresceram de 6,3% para 7,1%. Por outro lado, no comércio, transportes e alojamento, a taxa de variação anual foi de 1,8%.
Estes dados revelam comportamentos variados no setor, onde o crédito ao alojamento e restauração cresceu de 2,7% para 3,3% em relação ao ano anterior, enquanto o crédito ao transporte e armazenagem viu uma diminuição anual de 2,9%.