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Erdogan denuncia tragédia humanitária em Gaza

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, repudiou a morte de palestinianos em Gaza devido à escassez de alimentos e água, sublinhando a inaceitabilidade da situação.

22/07/2025 15:00
Erdogan denuncia tragédia humanitária em Gaza

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, expressou hoje a sua indignação perante a morte de palestinianos na Faixa de Gaza que não têm acesso a "um pedacinho de pão ou um gole de água". Em um discurso proferido em Istambul, Erdogan afirmou: "Ninguém com um mínimo de dignidade humana pode aceitar esta crueldade, em que dezenas de pessoas inocentes morrem todos os dias devido à falta de alimentos e água."

As declarações de Erdogan coincidem com o dia em que o diretor do hospital Al-Shifa, um dos maiores da região, alertou que 21 crianças faleceram em decorrência de subnutrição e fome nas últimas 72 horas, revelando ainda que cerca de 900 mil crianças enfrentam a fome em Gaza.

Segundo o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), aproximadamente 90 mil mulheres e crianças necessitam de intervenção urgente devido à subnutrição, e uma em cada três pessoas não se alimenta há vários dias.

Após um bloqueio total ao acesso de mercadorias em Gaza que durou quase três meses, Israel permitiu a entrada de camiões a partir de 19 de maio. Contudo, o acesso continua extremamente restrito e depende de um sistema de distribuição controverso gerido pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), respaldada pelos Estados Unidos.

Diversas organizações não-governamentais e a ONU consideram essa distribuição insuficiente, e têm-se registado episódios de desespero, caos e violência por parte das forças israelitas, resultando na morte de mais de mil pessoas e em ferimentos em milhares de outras enquanto tentavam obter alimentos.

A atual guerra em Gaza foi desencadeada por ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns em Israel. A retaliação por parte de Israel já causou mais de 59 mil mortes e a destruição quase total das infraestruturas de Gaza, forçando a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

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