FIFPro critica a FIFA por abordagem autoritária na gestão do futebol
A FIFPro, principal entidade sindical de futebolistas, reuniu 60 membros, incluindo um representante português, para contestar o modelo de governação da FIFA, considerado autocrático.

A FIFPro, a maior organização sindical que representa os jogadores de futebol profissionais, realizou hoje uma reunião em Hoofddorp, Países Baixos, onde estiveram presentes 60 dos seus membros, incluindo o representante português. O principal objetivo deste encontro foi expressar a oposição a um modelo de governação da FIFA, que consideram ser "autocrático".
Durante a reunião, os participantes criticaram a recente atuação da FIFA, que se reuniu com várias organizações de jogadores para discutir o Mundial de clubes e a excessiva carga de jogos, mas não incluiu a FIFPro, uma entidade reconhecida no sector. Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), que faz parte do 'board' mundial da FIFPro, sublinhou a importância da união entre os sindicatos e a legitimidade da FIFPro para defender os interesses dos jogadores.
"A FIFA não pode ignorar uma organização democraticamente legitimada apenas porque não aprecia que se levantem questões sobre a resolução de problemas. Ignorar os direitos fundamentais e as necessidades básicas dos jogadores é, sem dúvida, inaceitável", afirmou Evangelista em comunicado.
A FIFPro advoga que o modelo de gestão atual, especialmente após o Mundial de clubes, tem demonstrado que a FIFA tem actuado de forma autocrática, colocando em risco a saúde e bem-estar dos jogadores. A má gestão dos calendários internacionais, a fadiga acumulada e as exigências físicas, aliadas à realização de competições em condições climáticas adversas, comprometem os direitos básicos dos atletas.