Trump descarta fornecimento de mísseis de longo alcance à Ucrânia
O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não pretende enviar mísseis de longo alcance à Ucrânia, apesar do apoio militar anunciado anteriormente.

Hoje, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi claro ao afirmar que não considera a entrega de mísseis de longo alcance à Ucrânia, que teriam a capacidade de atingir cidades russas. Questionado pela imprensa na Casa Branca, Trump respondeu: "Não, não estamos a pensar fazer isso".
Na segunda-feira, Trump já tinha divulgado um acordo destinado ao envio de armamento à Ucrânia, o qual inclui as baterias antimísseis Patriot, solicitadas pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Importante notar que este equipamento será financiado pelos aliados europeus, isentando os Estados Unidos de qualquer despesa nessa área.
O acordo em questão menciona ainda a inclusão de mísseis e munições, o que levanta especulações sobre a possibilidade de estarmos a falar de armamento não apenas defensivo. Além disso, a imprensa americana indicou que a discussão em torno do fornecimento de mísseis de cruzeiro de longo alcance Tomahawk está em andamento.
Em outra instância, meios de comunicação britânicos reportaram que, durante uma conversa no dia 04 de julho, Trump questionou Zelensky acerca da viabilidade de um ataque a Moscovo e São Petersburgo, ao que o líder ucraniano respondeu afirmativamente, dado que tiver acesso a armamento adequado.
O Financial Times destacou que essa pergunta de Trump visava incitar a Ucrânia a intensificar os ataques à Rússia, forçando o Kremlin a participar das negociações para encontrar uma solução para o conflito que se iniciou em fevereiro de 2022.
Segundo informações da Casa Branca, Trump apenas fez uma indagação durante a conversa, e posteriormente, Zelensky também teria desaprovado tal iniciativa. Ao ser questionado se o Presidente ucraniano deveria atacar a capital russa com mísseis, Trump declarou: "Não, não deve", antes de assegurar que Washington não enviaria armamento de longo alcance a Kyiv para evitar esse cenário.
O Kremlin, por sua vez, desmentiu as declarações de Trump, considerando-as "mentira". O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, comentou que essa retórica não é novidade e frequentemente se revela falsa. Além disso, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, sugeriu que Trump está "sob enorme pressão" da União Europeia e da NATO, em referência ao ultimato de 50 dias que o republicano deu à Rússia para chegar a um acordo com a Ucrânia.