Governo prepara condições para a venda da TAP em breve
O ministro das Finanças anunciou que, nas próximas semanas, o governo revelará as condições para a reprivatização da TAP, destacando o forte interesse de três grandes grupos de aviação europeus.

O governo português está prestes a divulgar as condições para a reprivatização da TAP, de acordo com o que foi comunicado pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. O anúncio está previsto para ocorrer "nas próximas semanas", e o governante destacou o "interesse muito significativo" de três grandes grupos europeus de aviação, o que considera ser um sinal positivo para o país.
Durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, após a reunião do Ecofin, Joaquim Miranda Sarmento afirmou que "é um processo que se vai iniciar nas próximas semanas" e esclareceu que existem várias partes interessadas, nomeadamente Air France, Lufthansa e o grupo IAG, que estão a analisar a possibilidade de fazerem propostas pela companhia aérea.
Apesar de não ter avançado prazos ou detalhes sobre o processo, o ministro sublinhou que "as condições de venda da empresa serão conhecidas em breve". Ele acrescentou que a proposta vencedora será aquela que melhor servir os interesses do país, afirmando que o Governo não tem “nenhum parceiro preferencial” neste processo.
Quando questionado sobre como se dará a alienação, Joaquim Miranda Sarmento respondeu que "isso dependerá do decorrer do processo", mencionando que as empresas que se sentirem confortáveis com as condições estabelecidas terão a oportunidade de apresentar as suas ofertas.
A reprivatização da TAP foi interrompida após a queda dos últimos dois governos. A companhia, que em tempos foi totalmente estatal, teve um processo de privatização iniciado em 2015, mas que foi revertido no ano seguinte, com o Governo de António Costa a recuperar 50% da empresa, gerando críticas sobre a sua exposição financeira.
O atual governo, sob a liderança de Luís Montenegro, anunciou a intenção de retomar esse processo com a venda de participações minoritárias em 2025, reunindo esforços com grandes aeronautas como a Air France KLM, Lufthansa e IAG. A estratégia do governo centra-se também na importância de assegurar o 'hub' de Lisboa e as principais rotas estratégicas, enquanto se busca recuperar cerca de 3,2 mil milhões de euros que foram injetados pelos contribuintes durante a pandemia de covid-19.