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Homem e mulher condenados a longas penas por sequestro de idosa em Anadia

Tribunal de Aveiro pune dois homens com 10 anos e meio de prisão por roubo e sequestro de uma mulher de 78 anos. Outra mulher recebe pena suspensa relacionada a crimes de abuso de cartão.

há 2 horas
Homem e mulher condenados a longas penas por sequestro de idosa em Anadia

O Tribunal de Aveiro pronunciou-se sobre um grave caso de sequestro e roubo, condenando dois homens a uma pena conjunta de 10 anos e meio de prisão. Este julgamento, cuja decisão foi tornada pública a 11 de julho, envolveu a detenção de um grupo de quatro indivíduos que atacaram uma idosa em Anadia.

Os arguidos, com idades de 29 e 43 anos, encontravam-se já em prisão preventiva no momento da sentença. Ambos foram condenados, em cúmulo jurídico, por crimes de roubo e sequestro agravados, além de 14 crimes de abuso de cartão de pagamento, onde oito tentativas foram categorizadas como tentativa.

Uma mulher de 44 anos, companheira de um dos homens condenados, foi absolvida dos crimes mais graves, mas recebeu uma pena de cinco anos, que foi suspensa, por 12 crimes de abuso de cartão de pagamento, sendo também absolvida de outros delitos. A sua pena de prisão não será executada, e ela foi imediatamente libertada.

Outra mulher, que estava apenas acusada de usar o cartão bancário da vítima, foi igualmente absolvida de todas as acusações.

O tribunal determinou ainda que os arguidos deviam indemnizar a vítima em mais de 11 mil euros. O julgamento foi realizado em segredo, considerando a vulnerabilidade da ofendida e a gravidade dos atos cometidos.

Os acontecimentos remontam a 1 de julho de 2024, quando o grupo atacou a idosa de 78 anos, que residia sozinha num local isolado. O assalto resultou no furto de 200 euros, um volume de tabaco e do cartão multibanco da vítima, utilizado para movimentações que totalizaram mais de 1.600 euros.

O Ministério Público informou que houve tentativas adicionais de usar o cartão, mas estas falharam após a vítima cancelar o cartão. O primeiro dos arguidos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) cerca de duas semanas após o crime, e os restantes foram detidos no Montijo um mês depois.

Importa notar que dois dos detidos tinham antecedentes criminais significativos por delitos semelhantes. Um quinto suspeito, vinculado a uma possível violação da idosa, encontra-se foragido e com um mandado de detenção europeu pendente, levando à separação do seu processo do restante grupo.

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