Homem pode enfrentar pena de morte por homicídio de casal judeu em Washington
O detenho pelo homicídio de um casal judeu em Washington, D.C., poderá ser condenado à pena de morte, devido a crimes de ódio, conforme comunicou a nova procuradora distrital, Jeanine Pirro.
A procuradora distrital de Washington, Jeanine Pirro, anunciou que Elias Rodriguez, um homem de 31 anos originário de Chicago, poderá enfrentar a pena de morte se for considerado culpado pelo homicídio de um casal judeu, ocorrido em maio na capital dos Estados Unidos.
Rodriguez foi detido no dia 21 de maio, após disparar em direção a Yaron Lischinsky, de 30 anos, e à sua noiva norte-americana, Sarah Milgrim, de 26 anos, enquanto estavam à porta do Museu Judaico, em Washington.
Além da acusação de homicídio negligente e doloso, Elias Rodriguez também é acusado de um "crime de ódio", por demonstrar preconceito contra o povo de Israel, conforme referido por Pirro. "Estamos a enfrentar um problema sério com o antissemitismo neste país e não toleraremos mais estas atitudes", afirmou a procuradora.
Os Estados Unidos, que detêm a segunda maior população judaica do mundo, atrás de Israel, têm assistido a um aumento do antissemitismo e a protestos pró-palestinianos desde o início de 2023, em meio à escalada da violência na Faixa de Gaza, conforme reporta a Agence France-Presse (AFP).
Após o seu regresso ao poder, Donald Trump incentivou o Departamento de Justiça a buscar a pena de morte em casos considerados de extrema gravidade, incluindo atos de "terrorismo" e "crimes de ódio". Durante as administrações de Joe Biden e Barack Obama, verificou-se uma diminuição na aplicação da pena capital.
Segundo fontes policiais, Elias Rodriguez manifestou apoio à "libertação da Palestina" no momento em que disparou contra o casal, que se encontrava a trabalhar na embaixada israelita em Washington.
Os trágicos acontecimentos ocorreram durante uma receção no Museu Judaico, onde ambos os funcionários perderam a vida.