Incêndio na Serra do Açor alarga-se a Oliveira do Hospital e Seia
Chamas que deflagraram em Arganil ameaçam agora concelhos vizinhos, levando a evacuações e a ativação do Plano Municipal de Emergência. A luta contra o fogo intensifica-se.
O incêndio florestal iniciado na Serra do Açor, na área de Arganil, no distrito de Coimbra, já se alastrou aos concelhos de Oliveira do Hospital e Seia, de acordo com as autoridades locais.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, Francisco Rolo, confirmou que as chamas iniciaram a sua progressão no sul do concelho, perto da localidade de Gramaça, embora ainda não tenham chegado à aldeia.
“O principal receio é que o fogo suba a encosta e atinja as habitações na zona limítrofe de Oliveira do Hospital. Há, ainda, uma outra frente do incêndio que avança lentamente em direção à aldeia de Chão Sobral, que também se encontra em perigo”, alertou o autarca.
De acordo com Rolo, em Chão Sobral, 18 habitantes foram evacuados de forma voluntária e serão acolhidos numa zona de apoio na aldeia da Ponte das Três Entradas.
“Estamos a monitorizar a situação em aldeias como Chão Sobral, Parente e a área do santuário da Senhora das Preces. O fogo avança pela linha de cumeada e está a ser combatido com a ajuda de bombeiros, máquinas e meios aéreos”, explicou o presidente da câmara.
O autarca reforçou a prontidão das equipas no terreno, indicando que Oliveira do Hospital já ativou o seu Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
Francisco Rolo destacou a importância de intervir rapidamente com meios aéreos: “É crucial agir antes que o vento altere a sua direção e a intensidade aumente. Temos tudo em prontidão para eventuais evacuações”, acrescentou.
Pela encosta da freguesia do Piódão, a frente de incêndio que ameaçava Chãs de Égua passou para o concelho de Seia, com operações a serem concentradas na União de Freguesias de Vide e Cabeça.
Na área de Arganil, além das localidades mencionadas, as chamas têm afetado também Porto Silvado, Sobral Magro e Vale do Torno, entre outras, na freguesia de Pomares.
O combate ao incêndio é dificultado por ventos fortes e pela topografia acidentada, que gera elevados níveis de fumo, segundo os autarcas.
Com um reforço no dispositivo operacional, até às 16h45, 621 operacionais, 188 viaturas e 9 meios aéreos estavam mobilizados no combate ao incêndio, segundo informações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.