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Lula apela ao diálogo e à paz em resposta a Trump

O presidente brasileiro, Lula da Silva, defende a cooperação em detrimento da confrontação, abordando as tarifas impostas pelos EUA e convidando Trump a conhecer melhor o Brasil.

17/08/2025 16:45
Lula apela ao diálogo e à paz em resposta a Trump

O presidente do Brasil, Lula da Silva, expressou a sua preferência por "plantar comida e não-violência e ódio" em um vídeo partilhado nas redes sociais. Nele, Lula aparece a cultivar uma muda de uva nos jardins do Palácio da Alvorada, a sede presidencial.

"Espero, presidente Trump, que um dia possamos ter uma conversa para que possa conhecer a qualidade do povo brasileiro", acrescentou Lula no vídeo divulgado na noite de sábado, onde também convida o líder norte-americano a visitar o Brasil.

O chefe de Estado brasileiro destacou que o "verdadeiro Brasil", que espera apresentar a Trump, é uma nação que valoriza a relação tanto com os Estados Unidos como com a China, a Rússia, o Uruguai e a Venezuela. "Queremos dialogar com todos e não nos 'inimigar' com ninguém", afirmou.

A questão central reside na tarifa adicional de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, imposta por Donald Trump, que o governo de Lula da Silva procura reverter.

O presidente brasileiro tem tentado estabelecer um acordo comercial com os EUA, mas ressalvou que não aceitará negociar a sua soberania, especialmente após Trump ter condicionado a discussão tarifária à suspensão dos processos judiciais contra o seu antecessor, Jair Bolsonaro.

A tensão diplomática aumentou ainda mais quando o governo dos EUA decidiu retirar os vistos de entrada a oito dos onze membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil, que estão envolvidos no processo contra Bolsonaro.

As sanções americanas tiveram um impacto significativo, afetando 35% das exportações brasileiras. Apesar de alguns produtos, como aviação e ferro, estarem isentos, itens essenciais como carne, café e frutas continuam a ser penalizados com tarifas elevadas.

Em 2024, os Estados Unidos representaram 12% das exportações brasileiras, totalizando 40,3 mil milhões de dólares, enquanto as importações da maior economia do mundo foram de 40,5 mil milhões de dólares.

Nesta semana, ao anunciar um pacote de apoio aos exportadores prejudicados pelas taxas de 50% impostas por Trump, Lula revelou que planeja uma ofensiva comercial global para expandir novos mercados e encontrar alternativas às exportações para os Estados Unidos. "Já conversei com a Índia, China e África do Sul, e tenciono falar com a França, Alemanha e outros países", garantiu.

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