Migrante do grupo de 38 que chegou ao Algarve será realojado em centro temporário

A situação do migrante que faz parte do grupo de 38 pessoas que chegaram à costa algarvia na passada sexta-feira foi decidida pela GNR. Este migrante, que ainda não tinha sido ouvido em tribunal, será agora realojado num centro de instalação temporária. A capitão Joana Machado, da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF), declarou à agência Lusa que a decisão de encaminhamento já foi tomada.

Segundo informações prestadas por Joana Machado, as oito pessoas que ainda se encontravam em alojamento temporário num pavilhão em Sagres serão trasladadas ainda hoje para o Porto. Estas constituíam o último grupo de migrantes a permanecer no pavilhão, que é utilizado para acolher aqueles que chegam em embarcações, muitas vezes em condições de saúde frágeis.

Os restantes migrantes do grupo de 38 já tinham sido ouvidos em tribunal, exceto um que necessitou de tratamento hospitalar e apenas hoje pôde ser interrogado por um juiz. A oficial da GNR também referiu que a realocação dos migrantes permitirá a desocupação total do pavilhão em Sagres.

A UCCF já havia comunicado que, desde a passada terça-feira, um total de 24 dos migrantes desembarcados estavam a ser encaminhados para centros de instalação temporária. O primeiro grupo, composto por nove indivíduos, seguiu viagem para o Porto, enquanto outros 15 foram direcionados para Faro.

Na segunda-feira à noite, seis pessoas, incluindo duas crianças, foram igualmente encaminhadas para centros de acolhimento temporário.

Com a saída do último grupo, todas as pessoas que chegaram ao Algarve estão agora a ser transferidas para os citados centros, conforme salientou Joana Machado. Estes centros, geridos pela PSP, acolhem temporariamente estrangeiros sujeitos a afastamentos coercivos, bem como aqueles que aguardam decisões sobre pedidos de proteção internacional. Os migrantes têm um período máximo de 60 dias para permanecer nestes centros, supervisionados por agentes da PSP.

A Câmara de Vila do Bispo, através do Serviço de Proteção Civil, disponibilizou o pavilhão em Sagres para este efeito após a chegada dos migrantes, todos oriundos de Marrocos.

A presença destes 38 migrantes, 25 homens, seis mulheres e sete menores, resultou no reforço da vigilância da Marinha Portuguesa e da Autoridade Marítima Nacional na costa algarvia.