NATO alerta Brasil, China e Índia sobre sanções por cooperação com a Rússia
O secretário-geral da NATO dirigiu-se a Brasil, China e Índia, avisando para desafios económicos se não pressionarem a Rússia a negociar a paz com a Ucrânia.

O secretário-geral da NATO fez hoje um apelo a Brasil, China e Índia, advertindo que podem enfrentar retaliações comerciais se continuarem a interagir com a Rússia. Durante uma conferência de imprensa em Washington, Mark Rutte sublinhou a urgência de estes países exercerem pressão sobre Moscovo para que se envolva de forma séria nas negociações de paz com a Ucrânia.
Rutte recordou as palavras do Presidente dos EUA, que, na segunda-feira, anunciou que, caso as conversações de paz não sejam tratadas com a devida seriedade, sanções secundárias, que podem incluir tarifas elevadas, serão impostas a países que apoiem a Rússia. Estas medidas são descritas como adicionais e representam uma sobretaxa de 100% sobre as transações com a Rússia.
Rutte aconselhou Brasil, China e Índia a considerarem as implicações que isso pode ter nas suas economias, instando-os a comunicarem diretamente com o Presidente russo, Vladimir Putin, para que este tome consciência da seriedade do momento.
A NATO já está a planear coordenar a entrega de armamentos à Ucrânia, com os países europeus a adquirir equipamentos que incluem sistemas de defesa e munições aos Estados Unidos. O objetivo é garantir que a ajuda chegue a tempo, uma vez que a contagem para a imposição das novas tarifas já começou.
Em resposta, o Kremlin expressou que as declarações do líder norte-americano podem agravar o conflito, interpretando as ações da NATO como um incentivo à continuidade da guerra. Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que as palavras de Trump merecem uma cuidadosa análise antes que Putin reaja.