Nova ameaça de sanções à Rússia se acordo sobre a Ucrânia não for alcançado
Marco Rubio, responsável pela diplomacia americana, advertiu a Rússia com a imposição de novas sanções caso um consenso sobre a Ucrânia não seja obtido.

Marco Rubio, o secretário de Estado dos Estados Unidos, fez hoje um alerta à Rússia sobre a possibilidade de novas sanções se não se conseguir uma resolução sobre a situação na Ucrânia. "Se não chegarmos a um acordo, haverá consequências", afirmou Rubio durante uma entrevista à NBC.
A declaração surge dois dias após uma cimeira no Alasca que contou com a presença do Presidente Donald Trump e do líder russo Vladimir Putin, sem avanços claros para um cessar-fogo na Ucrânia. Esta afirmação acontece também na antevéspera da receção do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, juntamente com líderes europeus.
O emissário especial dos EUA, Steve Witkoff, comentou que Putin se comprometeu, durante a cimeira, a oferecer à Ucrânia garantias de segurança equiparadas ao conceito de defesa coletiva da NATO. Witkoff descreveu as "garantias de segurança" como "revolucionárias".
Além disso, a Rússia manifestou disposição para não anexar mais territórios ucranianos, com Wolkoff a indicar que há discussões em curso sobre a situação em Donetsk e as cinco regiões do leste da Ucrânia.
O enviado de Trump mostrou-se confiante quanto ao encontro agendado para segunda-feira, enfatizando que há uma crescente disposição da Rússia para encontrar um consenso em torno de um tratado de paz. "Estamos a observar alterações na abordagem deles", sublinhou.
Hoje, Trump publicou uma mensagem na sua rede social, Truth Social, afirmando que houve "grandes progressos" com a Rússia. "Grandes progressos em relação à Rússia. A acompanhar!", escreveu.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a proposta de Trump de garantir segurança à Ucrânia, similar à do NATO, e expressou a expectativa de uma cimeira conjunta em breve.
Vários líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, participaram numa videoconferência com Zelensky para discutir preparativos para o encontro com Trump.
Após a cimeira, Trump começou a defender a ideia de um acordo de paz como solução para o conflito, que começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.