Novo horizonte para a Barragem de Fagilde com compromisso de financiamento
A Ministra do Ambiente assegurou que não haverá falta de financiamento para a nova Barragem de Fagilde, orçada entre 30 e 35 milhões de euros, projetada para aliviar a escassez de água na região de Viseu.

A Ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, reafirmou hoje que a nova Barragem de Fagilde na região de Viseu não ficará condicionada pela falta de financiamento. O projeto, com um custo estimado entre 30 e 35 milhões de euros, recebeu um apoio de 15 milhões de euros do Programa Operacional da Região Centro e, no âmbito da reprogramação do Portugal 2030, poderá ser vinculado ao programa Sustentável, situação que ainda está a ser discutida com a Comissão Europeia.
Durante a cerimónia de assinatura do protocolo que transferiu a propriedade da atual Barragem de Fagilde, no rio Dão, para o grupo Águas de Portugal, a ministra destacou a importância da execução de todas as fases do projeto, que deverá estar concluído dentro de cerca de quatro anos. "É imprescindível que não haja atrasos, pois temos um prazo definido até 2029", sublinhou.
A nova estrutura será construída a 100 metros da barragem antiga, com 41 anos e que apresenta sérias anomalias estruturais. Este novo projeto, mais moderno e com uma capacidade superior, destina-se exclusivamente ao consumo urbano e tem o potencial de melhorar significativamente o serviço prestado a cerca de 140 mil cidadãos.
A responsável pelo ambiente alertou ainda que, após a crise de escassez de água enfrentada em 2017, é fundamental garantir um fornecimento adequado. "Hoje é um marco em um processo que incluiu a ampliação do sistema multimunicipal de abastecimento de água do sul do Grande Porto, gerido pelas Águas do Douro e Paiva, que envolverá também a nova barragem", enfatizou.
No final do evento, Maria da Graça Carvalho reforçou a política do Governo em incentivar a união de municípios no sistema de abastecimento. A ministra apontou que aqueles que não aderirem à gestão multimunicipal terão à disposição alternativas, como empresas municipais, mas destacou que a colaboração é essencial para otimizar investimentos e melhorar o serviço prestado à população, num contexto de elevados custos.