O desafio da desinformação no TikTok: Estudo revela entraves significativos

A ascensão das redes sociais, em particular o TikTok, transformou-se num canal crucial para a divulgação de informação. Contudo, um novo estudo da Universidade de Melbourne destaca que a facilidade na criação de conteúdos tem propiciado a propagação de desinformação e notícias enganosas.

No contexto das redes sociais, o estudo intitulado "Informação incorreta e desinformação no TikTok" indica que os criadores de desinformação frequentemente seleccionam influenciadores com um grande número de seguidores e utilizam as 'hashtags' mais populares, de modo a que os algoritmos favoreçam a difusão dos seus vídeos.

O relatório faz uma distinção entre 'misinformation' (informação incorreta), que surge, frequentemente, da falta de conhecimento, e desinformação, a qual é deliberadamente fabricada com o intuito de manipular a opinião pública.

Particularmente no que concerne à saúde, os jovens parecem depender em grande medida dos meios de comunicação social para informação, apresentando assim um nível de literacia em saúde relativamente baixo, o que dificulta a sua capacidade de analisar criticamente os conteúdos disponíveis online.

A pesquisa também salienta que é comum os jovens partilharem opiniões nas redes sociais, o que, associado à desconfiança e à falta de informação, pode torná-los na verdade disseminadores de desinformação.

Ainda que a plataforma tenha implementado esforços para mitigar o impacto da desinformação, a vasta quantidade de conteúdos e a dispersão geográfica dos utilizadores torna a erradicação completa deste fenómeno um desafio significativo.

Os investigadores concluem que é essencial haver uma supervisão contínua e aprimorada das plataformas, legislação restritiva, e uma educação melhorada dos utilizadores para que possam identificar e avaliar o conteúdo de forma eficaz.

"A colaboração entre diferentes partes é crucial para o combate eficaz à desinformação no TikTok, transformando a plataforma numa ferramenta valiosa para a promoção de informações corretas e fiáveis", afirmam os autores do estudo.

O estudo "Informação incorreta e desinformação no TikTok" foi conduzido pela Universidade de Melbourne, na Austrália.