Palestiniano promete reconstruir Gaza e estabelecer um Estado após o conflito

O líder da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, reafirmou a determinação de reconstruir Gaza após o término do conflito com Israel. Durante uma visita ao Conselho das Igrejas em Ramallah, Mustafa expressou esperanças de que a guerra cesse nas próximas semanas, permitindo a colaboração com outros países, nomeadamente o Egito, para a recuperação do enclave.

"Apesar da atual adversidade, a nossa fé em Deus e a esperança no nosso povo permanecem inabaláveis", afirmou. O primeiro-ministro denunciou que Israel está a utilizar "todos os meios ao seu alcance" para evitar a criação de um Estado palestiniano independente.

No lado israelita, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel não irá anexar a Faixa de Gaza, mas planeia criar uma agência governamental que irá controlar temporariamente a área, entregando-a futuramente a "forças árabes" que assegurem uma administração adequada, ao mesmo tempo que afastam o Hamas do poder.

Netanyahu também reiterou que os objetivos da ofensiva em Gaza permanecem focados na erradicação do Hamas e na libertação de reféns, cujos números são alarmantes, com 50 ainda em cativeiro e apenas cerca de 20 registados como vivos.

Atualmente, Israel controla aproximadamente três quartos do território da Faixa de Gaza, enquanto a situação humanitária agrava-se, com alertas da ONU sobre "consequências catastróficas" para a população local. De acordo com fontes oficiais, a fome e a subnutrição já causaram a morte de quase 200 pessoas nas últimas semanas.

O início do conflito remonta a ataques do Hamas a 7 de outubro de 2023, resultando na morte de cerca de 1.200 pessoas em Israel e no cativeiro de aproximadamente 250. Em resposta, Israel lançou uma operação militar que já resultou em mais de 61 mil vítimas em Gaza e na devastação das suas infraestruturas, forçando centenas de milhares a abandonar as suas casas.