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Porsche atravessa tempos difíceis, mas avança com otimismo

A marca de Estugarda sente uma forte crise, mas Oliver Blume prevê uma recuperação. A mudança na liderança traz esperança para o futuro da Porsche.

A Porsche encontra-se num momento delicado, tendo registado prejuízos de 966 milhões de euros no final do terceiro trimestre do ano. Os desafios provêm principalmente da diminuição das vendas na China e das tarifas impostas pelos Estados Unidos, fatores que contribuíram significativamente para a instabilidade financeira do fabricante automobilístico.

Nos primeiros nove meses de 2024, o lucro operacional da empresa caiu drasticamente, com uma descida de 99 por cento, totalizando apenas 40 milhões de euros. As receitas de vendas também recuaram em 6 por cento, refletindo um padrão semelhante nas entregas dos veículos.

A adesão crescente aos automóveis elétricos torna-se um desafio adicional, levando a Porsche a reconsiderar suas estratégias para os próximos anos, uma realidade que afeta muitos dos seus concorrentes. Esta reestruturação estratégica poderá custar à marca cerca de 3,1 mil milhões de euros adicionais no ano financeiro de 2025.

Oliver Blume, que continuará a ser o diretor-executivo até janeiro, quando Michael Leiters assumir o cargo, reconheceu a gravidade da situação em entrevista ao Bild am Sonntag: "A Porsche está numa crise enorme. Com os problemas na China, as tarifas dos EUA, e a situação entre a Rússia e a Ucrânia, perdemos receitas de dois terços dos nossos principais mercados".

Este ano, a marca iniciou um plano de reestruturação que envolve o adiamento das suas ambições de eletrificação, adotando uma abordagem versátil que incluirá sistemas de propulsão totalmente elétricos, híbridos e de combustão interna.

Oliver Blume, prestes a deixar o cargo, expressou esperança, afirmando que "haverá uma tendência claramente positiva" para a Porsche no próximo ano, garantindo que a marca ficará "numa posição muito robusta para o futuro".

A sucessão no comando será feita por Michael Leiters, anteriormente na McLaren, e Blume considera-o uma escolha apropriada: "Ele será um bom diretor-executivo para a Porsche".

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