Política

PS denuncia aliança "radical" com Chega, Ventura defende "novo diálogo"

O líder do PS criticou a AD por formar uma aliança com o Chega, enquanto o líder deste partido anunciou uma nova maioria e um pedido de alterações profundas na política.

17/07/2025 20:35
PS denuncia aliança "radical" com Chega, Ventura defende "novo diálogo"

No final do debate sobre o estado da nação, Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, fez duras críticas à aliança entre a AD e o Chega, a qual caracterizou como um “bloco de direita radical”. Segundo Dias, desde a ascensão de Luís Montenegro como primeiro-ministro, o país “regrediu” e que este se deixou “seduzir” pelas ideias de André Ventura.

O dirigente do PS afirmou que “esta é a verdadeira realidade do país”, destacando que a cooperativa entre a AD e o Chega ignora as consequências das suas decisões. Ao apresentar o PS como a opção “credível e moderada”, criticou severamente a ministra da Saúde e a sua gestão. “Senhora ministra, pode ser que um dia a veja a presidir à CP, numa meritocracia distorcida que recompensou a incompetência”, criticou.

Por outro lado, André Ventura, presidente do Chega, reagiu à polémica, afirmando que em Portugal “existe uma nova maioria” e que está a surgir um “novo diálogo democrático” que clama por mudança. Ventura comprometeu-se a não aceitar mais a submissão a interesses ideológicos, afirmando: “Habituem-se, pois estamos aqui para ficar”. Refutou as acusações de Brilhante Dias, assegurando que nem ele, nem Montenegro têm qualquer responsabilidade direta por eventuais atos de corrupção.

A defesa do PS foi reforçada pelo líder parlamentar Hugo Soares do PSD, que enalteceu as melhorias no estado da nação comparativamente ao passado, apontando que as medidas discutidas são do interesse dos cidadãos. “O que sobra é a moderação”, concluiu Soares, aludindo à pouca importância das acusações trocadas entre os partidos.

O debate passou ainda por comentários de Miguel Guimarães do PSD, que apontou que atualmente existem três “D’s” em Portugal: o do Chega, o do PS e o desaparecimento da extrema-esquerda.

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