"Ventura critica bónus a pensionistas antes das autárquicas"
O líder do Chega, André Ventura, questiona a atribuição de um suplemento às pensões antes das eleições autárquicas e propõe uma reforma das pensões em Portugal.

Durante a apresentação dos candidatos autárquicos do Chega no distrito de Setúbal, na Charneca de Caparica, André Ventura manifestou o seu descontentamento em relação ao anúncio do Governo sobre um suplemento extraordinário às pensões. O líder do Chega considerou esta medida como um exemplo de "eleitoralismo rasca", sublinhando a estranheza de um Governo que convoca eleições autárquicas em outubro e, ao mesmo tempo, distribui um bónus em setembro.
“É preocupante ver um Governo que, à beira de eleições, decide dar ‘migalhas’ a pensionistas. Isto não manifesta uma política sólida, mas sim uma tentativa de angariar votos”, criticou Ventura, referindo-se ao suplemento de até 1.567,50 euros, que foi recentemente promulgado pelo Presidente da República.
O presidente do Chega chamou a atenção para a situação das pensões em Portugal, defendendo a necessidade urgente de uma pensão mínima que corresponda ao salário mínimo nacional. “Temos um problema sério com pensões insuficientes e queremos começar a negociar uma melhoria gradual”, argumentou Ventura.
Falando sobre outras medidas anunciadas, como a descida do IRC, Ventura expressou o desejo de dialogar com o Primeiro-Ministro em setembro. "Precisamos garantir que a derrama impacta positivamente as empresas, especialmente aquelas que empregam mais gente", afirmou.
O Governo, por sua vez, anunciou que a taxa de IRC passará de 20% para 19% em 2026, com reduções adicionais previstas nos anos seguintes, o que se alinha com a proposta de um ambiente fiscal mais favorável para as empresas.