Rui Costa sob fogo cruzado: "Benfica deve ter voz ativa na centralização dos direitos"
Cristóvão Carvalho criticou a decisão de Rui Costa sobre a suspensão da participação do Benfica na centralização dos direitos televisivos, apostando na necessidade de um debate mais assertivo.
Na quarta-feira, Cristóvão Carvalho recorreu às redes sociais para manifestar a sua reprovação em relação à decisão de Rui Costa, presidente do Benfica, de suspender a participação do clube no processo de centralização dos direitos audiovisuais. Esta crítica surge após a Liga Portugal ter antecipado a entrega da proposta de comercialização dos direitos à Autoridade da Concorrência, numa ação que Carvalho considera prejudicial.
O candidato às eleições do clube, agendadas para 25 de outubro, reiterou a opinião de que o Benfica não pode ficar à margem das decisões que lhe dizem respeito. "Quando o Benfica se retira da discussão, outros prosseguem sem a nossa supervisão", afirmou.
Cristóvão Carvalho enumerou os motivos pelos quais considera que Rui Costa deve reavaliar a sua atitude, explicando que "é crucial que o Benfica volte a estar no centro das negociações, orientando o debate e garantindo que nenhuma decisão significativa é tomada sem a nossa anuência”.
Carvalho destacou que a direção atual deve reivindicar, de forma imediata: a suspensão da proposta até que o clube regresse oficialmente ao processo; a divulgação dos critérios de distribuição e dos estudos de mercado que fundamentam essa proposta; e um diálogo aberto e sério entre todos os clubes, respeitando o calendário estipulado na legislação.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional revelou que submeteu uma proposta de centralização dos direitos audiovisuais à Autoridade da Concorrência, antecipando-se em quase um ano ao prazo estabelecido.
Além de Cristóvão Carvalho, Rui Costa e outros candidatos como João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas e Martim Borges Coutinho Mayer já manifestaram o desejo de se envolver nas eleições para a presidência do Benfica. Luís Filipe Vieira também está a considerar uma nova candidatura após ter estado no cargo durante 18 anos.
O comunicado de Carvalho insiste: "O Benfica não pode ser mero expectador da própria sorte. Comprometo-me a defender vigorosamente o clube, assegurando que a centralização dos direitos televisivos seja gerida com a liderança do Benfica e não como uma mera consequência de decisões externas".