Sentença do ex-motorista de Eduardo Cabrita no caso de atropelamento é conhecida hoje

Hoje, às 11h15, o tribunal de Évora irá proferir a sentença no caso do ex-motorista de Eduardo Cabrita, Marco Pontes, que é acusado de homicídio por negligência. Esta audiência ocorre cerca de um mês e meio após início do julgamento.

No dia do incidente, que resultou na morte do trabalhador Nuno Santos, o arguido era o condutor da viatura oficial do então Ministro da Administração Interna. Nos seus depoimentos, Marco Pontes afirmou não ter conhecimento da velocidade a que estava a conduzir e disse ter sido apanhado de surpresa pela presença de Nuno Santos na autoestrada.

Pontes, que deixou de ser motorista do MAI em 2022, indicou ainda que não havia recebido orientações sobre a velocidade do veículo, e que a viagem não tinha caráter urgente.

Durante as alegações finais, a procuradora do Ministério Público sustentou que os elementos do processo comprovam a culpabilidade do arguido, pedindo assim a sua condenação. Em contraste, os advogados que representam a família da vítima e a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados instaram à responsabilização do motorista, enquanto a defesa pleiteou pela absolvição.

Comentando a situação, os advogados da vítima lamentaram a ausência de Eduardo Cabrita no julgamento. Além disso, a viúva de Nuno Santos apresentou um pedido de indemnização cível no valor de 60 mil euros.

O atropelamento ocorreu no dia 18 de junho de 2021, quando Nuno Santos, de 43 anos e empregado na manutenção da A6, foi fatalmente atingido ao quilómetro 77,6, na direção Estremoz-Évora. Marco Pontes foi formalmente acusado pelo Ministério Público em dezembro de 2021, o mesmo mês em que Cabrita anunciou a sua demissão.