Trump alcança acordo com a Paramount por 36 milhões de dólares

Na terça-feira, Donald Trump comunicou que chegou a um entendimento com a Paramount Global, que inclui a CBS, no valor de mais de 36 milhões de dólares, encerrando assim um processo judicial. Este litígio estava relacionado com uma entrevista realizada pela CBS em 2024 à vice-presidente Kamala Harris, que Trump alegou ter prejudicado a sua campanha.

“Conseguimos uma VITÓRIA significativa no nosso processo contra o programa '60 Minutos', CBS e Paramount”, afirmou Trump na sua plataforma social. O ex-presidente acusou a CBS e a sua empresa-mãe de terem enganado o povo americano e de terem tomado a decisão de chegar a um acordo por necessidade.

Trump revelou que a CBS e a Paramount já pagaram 16 milhões de dólares e que ainda estão previstos mais 20 milhões, que poderão ser recebidos através de publicidade ou programas semelhantes.

Ele também frisou que considera este desfecho mais um triunfo na sua luta contra os “meios de comunicação falsos”, acusando vários jornais e canais de disseminarem falsidades. “Os dias em que enganavam o povo norte-americano chegaram ao fim”, declarou Trump.

A Paramount, por sua vez, anunciou em julho que optou por pagar os 16 milhões para evitar uma batalha legal considerada “sem fundamento”, uma vez que Trump inicialmente pedia até 10 mil milhões, quantia que depois aumentou para 20 mil milhões.

Com este acordo, a empresa espera remover o último obstáculo para a fusão com a Skydance Media, que aguarda aprovação da Comissão Federal de Comunicações. O processo civil foi iniciado por Trump em outubro de 2024, alegando que a edição da entrevista à Harris na CBS tinha favorecido a então candidata democrata em vésperas das eleições de 5 de novembro.

Trump criticou a CBS pela diferença de edições de uma mesma resposta, alegando manipulação, ao que a estação respondeu que a ação judicial não tinha fundamentos.

A recente crítica de Trump ao Wall Street Journal não foi por acaso, uma vez que na sexta-feira passou a apresentar uma nova queixa contra o jornal, Rupert Murdoch e dois jornalistas por uma alegada attribuição incorrecta de uma carta relacionada com Jeffrey Epstein, falecido em 2019.