A Bienal Internacional de Gravura do Douro retorna ao Museu do Côa e estende-se até 2026

A Bienal Internacional de Gravura do Douro tem o seu arranque previsto para o dia 10 de agosto no Museu do Côa, trazendo novidades significativas ao evento. Este ano, a bienal estende-se por um período de um ano, até 2026, uma mudança que permite ao público disfrutar das exposições de forma mais alargada.

Como explicou Nuno Canelas, o diretor e curador da Bienal, “neste novo formato, as exposições estarão disponíveis em três localidades: o Museu do Côa, o Auditório Municipal do Peso da Régua e uma galeria pública em Alijó, situada nos jardins das piscinas”.

O diretor sublinhou que a internacionalização da Bienal continua a ser um dos seus focos, com a participação de artistas de renome de mais de 50 países. “Desde a sua criação em 2001, a Bienal do Douro tem como missão descentralizar a cultura e promover a arte da gravura, tendo alcançado um prestígio inegável”, afirmou Canelas.

O Museu do Côa, reconhecido pela sua relevância na arte rupestre, foi escolhido como o local de lançamento devido à sua singularidade, estabelecendo um diálogo notável entre a gravura pré-histórica e a contemporânea. “Este espaço é verdadeiramente especial, possibilitando uma experiência artística única”, afirmou.

A região do Douro, além de ser a mais antiga região vinícola demarcada do mundo e detentora de dois patrimónios da humanidade pela UNESCO, é agora também um dos principais cenários de arte gráfica contemporânea. “A Bienal é uma força que transcende fronteiras, contribuindo para a vitalidade da gravura no cenário artístico mundial”, concluiu Nuno Canelas.

A Bienal destacará artistas de renome, como Antoni Tàpies, Paula Rego, e Gil Teixeira Lopes, entre muitos outros, reforçando a sua importância no panorama das artes gráficas.