"A esperança palestiniana por um Nobel a favor da paz na região"
A diplomata da ANP expressou a expectativa de que Trump seja nomeado Nobel da Paz ao abordar o conflito palestiniano, destacando a importância dos direitos palestinianos para a paz duradoura.

A chefe da diplomacia da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Varsen Aghabekian, manifestou, numa conferência de imprensa em Ramallah, a sua esperança de que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, venha a ser nomeado para o prémio Nobel da Paz.
Aghabekian sublinhou que a paz na região é intrinsecamente ligada aos direitos dos palestinianos: "É fundamental que a nossa voz chegue não só ao Presidente Trump, mas também aos seus conselheiros, pois qualquer tentativa de construir a paz neste território passa, obrigatoriamente, pelo reconhecimento dos direitos do povo palestiniano. Sem isso, a paz será um objetivo inalcançável".
A ministra revelou que, neste momento, não existem negociações diretas entre a ANP e Trump, embora existam diálogos indiretos. "Se o Presidente Trump tiver a ambição de ser indicado para o Nobel da Paz, esperamos que isso esteja atrelado à resolução do nosso problema", acrescentou Aghabekian.
O contexto da declaração é marcado pela escalada do conflito em Gaza, que se intensificou após os ataques do Hamas no início de outubro, resultando em milhares de vítimas e uma crise humanitária devastadora. A ofensiva militar israelita já causou mais de 61 mil mortos, levando à destruição generalizada das infraestruturas da região e força a deslocar centenas de milhares de pessoas.
A situação tem gerado críticas internacionais e denúncias de alegações de genocídio, com a ONU a advertir sobre a iminência de uma catástrofe alimentar no enclave. Israel, que mantém um bloqueio rigoroso à entrada de ajuda humanitária, reabriu parcialmente as suas fronteiras, mas a quantidade de apoio disponível, segundo a União Europeia e diversas organizações de ajuda, é ainda muito inadequada para atender às necessidades de mais de dois milhões de palestinianos que vivem na região.
Israel, os Estados Unidos e a União Europeia continuam a classificar o Hamas como uma organização terrorista.