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A Interseção Mágica da Arte e da Saúde Mental Infantil

Maísa Champalimaud fala sobre o 'CAPITI Art Mind', um evento que une arte contemporânea e apoio à saúde mental de crianças, destacando a importância desta causa.

A 9.ª edição do 'CAPITI Art Mind' inicia-se esta quinta-feira, 30 de outubro, no MAAT Central, trazendo à tona a conexão entre arte contemporânea e saúde mental infantil e juvenil.

Com a participação de 35 a 40 obras de artistas nacionais, o leilão solidário visa angariar fundos que serão integralmente direcionados para consultas médicas e psicológicas de crianças e jovens oriundos de famílias em situação de vulnerabilidade. Para muitos, este apoio representa a oportunidade única de aceder a cuidados especializados que podem moldar positivamente o seu futuro.

Para assinalar o início de mais uma edição, o Notícias ao Minuto entrevistou Maísa Champalimaud, que participa neste evento pela terceira vez e considera que a iniciativa possui um propósito verdadeiramente "mágico".

Maísa sublinha que "a arte é uma das formas mais puras de comunicação e cura, permitindo que emoções difíceis se tornem visíveis e compreensíveis." Através da união entre arte e saúde mental, são oferecidas às crianças as ferramentas necessárias para se exprimirem e aos adultos a possibilidade de as ouvir de forma mais atenta.

Sobre a sua experiência pessoal, a artista destaca a importância da causa: "Cuidar da saúde mental desde cedo é tão vital quanto alimentar o corpo. Apoiar emocionalmente uma criança dá-lhe ferramentas para a vida, promovendo a criatividade e a liberdade." Recorda também com carinho o momento de colaboração com uma criança na edição anterior, afirmando que "encontrar a liberdade criativa que muitas vezes perdemos ao crescer foi uma lição de autenticidade."

A artista acredita que iniciativas como esta podem despertar nos jovens um novo interesse pela arte: "Quando percebem que a arte pode ter um impacto real, o charme e a empatia emergem, tornando a arte um veículo de mudança." Maísa continua a participar porque acredita no poder social da arte: "Cada pincelada pode transformar-se numa ação concreta de ajuda."

Inspirada na obra de Simone de Beauvoir, Maísa expressa a força do pensamento e da liberdade intelectual, considerando que tanto a leitura quanto a arte oferecem uma forma de libertação essencial para as mentes jovens.

Questionada sobre a possibilidade de viver da arte plástica em Portugal, Maísa afirma que, embora desafiador, é possível quando se age com paixão e persistência. "O reconhecimento internacional do talento português está a crescer, e acredito que o país, a pouco e pouco, está a criar uma cultura de valorização artística. Viver da arte é, sem dúvida, viver com um propósito".

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