Política

Acusações de Brilhante Dias sobre a Gestão de Aguiar-Branco na Assembleia da República

O líder do PS critica a permissividade do presidente da Assembleia da República em relação ao "discurso de ódio", alertando para a degradação do debate parlamentar.

há 4 horas
Acusações de Brilhante Dias sobre a Gestão de Aguiar-Branco na Assembleia da República

O líder parlamentar do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, manifestou sérias preocupações sobre a postura de José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República, acusando-o de tolerar o que considera ser um "discurso de ódio" no hemiciclo. Durante uma entrevista à Lusa, Brilhante Dias salientou que tal comportamento tem contribuído para a "degradação do debate" parlamentar.

"Podemos expressar livremente as nossas opiniões, mas não podemos servir de porta-vozes para discursos que promovem o ódio e a discriminação", criticou, apontando que esta situação provoca tensões dentro do parlamento. Segundo ele, a permissividade do presidente permite que os defensores do ódio se expressem sem restrições, resultando em confrontos.

Brilhante Dias não hesitou em afirmar que esta situação se afasta do verdadeiro conceito de liberdade de expressão. "O que acontece é que se permite que ações, que fora do Parlamento seriam considerados crimes, encontrem espaço nas nossas instituições", sublinhou.

Apesar de reconhecer a contribuição de Aguiar-Branco para o país ao longo dos anos, o líder socialista apelou à necessidade de uma mudança na gestão do debate parlamentar. "O caminho seguido até agora tem sido um fator que contribui para a degradação do nosso debate", frisou.

Eurico Brilhante Dias criticou a suposta flexibilidade do presidente em relação a comportamentos da bancada de extrema-direita, contrastando com a rigidez perante outros grupos. Ele não o considera cúmplice, mas sim alguém que tem permitido que o "discurso de ódio" encontre espaço nas discussões parlamentares, o que é inaceitável.

"O desejo é que possamos voltar a uma época em que o debate parlamentar, ainda que sempre excessivo, respeitasse determinados parâmetros civis", afirmou. E deixou uma reflexão: "É urgente que a Mesa da Assembleia da República adopte uma postura diferente, e creio que seria salutar um momento de autorreflexão por parte do presidente".

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