Alto-Comando Militar Israelita Autoriza Nova Ofensiva em Gaza
O plano de operações para Gaza foi aprovado pelo chefe do Estado-Maior após ponderações iniciais sobre a segurança dos reféns, um passo controverso entre críticas internas e internacionais.

O tenente-general Eyal Zamir, líder do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, confirmou hoje durante uma reunião a adoção do novo plano de operações militares a ser implementado na Faixa de Gaza. O comunicado oficial do exército sublinha a urgência de uma intervenção militar na região, onde se estima que residam entre 800.000 e um milhão de palestinianos.
Na passada sexta-feira, o gabinete de segurança de Israel deu luz verde ao plano que visa retomar o controlo da cidade de Gaza. Contudo, Zamir expressou, num primeiro momento, preocupações sobre as potenciais repercussões para a vida dos reféns ainda sob a tutela do Hamas. Este receio, aliás, tensionou as relações entre o chefe militar e o ministro da Defesa, Israel Katz.
Ainda assim, após consultas com a liderança militar e outros organismos, Zamir decidiu apoiar a "proposta central" do Governo de Benjamin Netanyahu. A iniciativa recebeu críticas não só da oposição política, como também de familiares de reféns e de membros da coligação governamental de extrema-direita, que a consideram uma "cedência aos fracos". Essas vozes discordantes também contam com o apoio de diversas organizações, incluindo a ONU, e da comunidade internacional.
Durante a sua reunião, Zamir destacou a necessidade de otimizar o desempenho das tropas e a preparação para mobilização de reservistas, garantindo, ao mesmo tempo, um período de descanso para os militares antes de futuras ações. O chefe das FDI enfrenta ainda um desacordo com o ministro da Defesa, relacionado com a nomeação de novos comandantes militares.
Adicionalmente, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, fez uma declaração nas redes sociais exigindo a destituição de Zamir caso este não renuncie à inclusão de oficiais associados a um "grupo conspirativo".