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Amazon anuncia cortes de 14 mil postos de trabalho, negando vínculo com IA

O CEO da Amazon, Andy Jassy, reafirma que a eliminação de postos não está ligada à implementação de Inteligência Artificial, mas sim à necessidade de simplificação.

A Amazon revelou esta semana a decisão de eliminar 14 mil postos de trabalho em todo o mundo, uma medida que gerou especulações sobre uma possível conexão com a sua aposta em Inteligência Artificial e automação. No entanto, Andy Jassy, CEO da empresa, esclareceu que esta redução não está relacionada com a utilização de IA.

Durante a apresentação dos resultados financeiros, Jassy referiu: “O que diria é que o nosso anúncio não foi impulsionado por motivos financeiros ou pela Inteligência Artificial, pelo menos não neste momento.” A decisão surgiu da necessidade de aprimorar a cultura organizacional, segundo o CEO.

Com o crescimento acelerado da Amazon nos últimos anos, a empresa viu-se a contratar pessoal que acabou por criar camadas adicionais de complexidade na operação diária. Para agilizar a tomada de decisões e facilitar a transição para novos segmentos de mercado, a empresa optou pelos cortes de pessoal.

Nos resultados financeiros do terceiro trimestre, a Amazon reportou vendas de 180,2 mil milhões de dólares, com o segmento de computação em nuvem a alcançar 33 mil milhões, representando um crescimento de 20%, o maior em um ano desde 2022.

O lucro líquido foi de 21,2 mil milhões de dólares, impulsionado por um ganho contabilístico antes de impostos de 9,5 mil milhões relacionado com o investimento na startup de IA Anthropic, responsável pelo modelo Claude.

Em contraste, os concorrentes da AWS, incluindo Google e Microsoft, também divulgaram um crescimento robusto, beneficiando da elevada procura por serviços de IA em servidores e centros de dados.

A Amazon, que está a implementar robótica em seus centros de distribuição, já emprega mais de 1,5 milhões de pessoas globalmente, consolidando-se como o segundo maior empregador nos Estados Unidos. Esta primeira ronda de cortes poderá ser apenas o início, com estimativas a apontar para até 30 mil eliminações de postos até janeiro, representando cerca de 10% da força de trabalho em departamentos de apoio e estratégia como recursos humanos e marketing.

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