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Análise genética inovadora pode antecipar risco de obesidade na infância

Uma nova investigação revela que a análise genética pode prever o risco de obesidade na vida adulta a partir da infância, permitindo intervenções precoces.

há 7 horas
Análise genética inovadora pode antecipar risco de obesidade na infância

Uma pesquisa recente, que analisou dados genéticos de mais de cinco milhões de indivíduos, revelou a criação de uma nova medida chamada pontuação de risco poligénico (PRP). Esta medida está alinhada com a probabilidade de desenvolver obesidade na idade adulta, mostrando padrões indicativos desde a primeira infância, de acordo com notícias do EurekAlert!.

A Federação Mundial da Obesidade alerta que até 2035, mais de 50% da população mundial poderá ser afetada pelo excesso de peso. Os resultados desta investigação podem ser decisivos na identificação de crianças e jovens com predisposição genética para a obesidade, possibilitando o início de medidas preventivas, como alterações no estilo de vida, desde tenra idade.

O professor assistente Roelof Smit, da Universidade de Copenhaga e principal autor do estudo publicado na revista Nature Medicine, sublinha que "a força desta pontuação reside na sua capacidade de associar a genética ao índice de massa corporal desde a infância até à idade adulta. Intervenções nesta fase poderiam ter uma repercussão significativa na saúde futura".

As pequenas variações no genoma humano podem influenciar a saúde de forma assinalável, especialmente quando somadas. Nesta pesquisa, foram descobertas milhares de variantes genéticas que elevam o risco de obesidade, incluindo aquelas que afetam o cérebro e regulam o apetite.

O estudo demonstrou que a PRP pode explicar cerca de 17% das variações no índice de massa corporal, superando significativamente os resultados de investigações anteriores.

Os investigadores validaram a eficácia da nova PRP utilizando dados sobre características físicas e genéticas de mais de 500.000 pessoas, provenientes do estudo 'Children of the 90s'. Os resultados indicaram que esta nova abordagem é duas vezes mais eficaz na previsão do risco de obesidade em comparação com métodos anteriores.

A professora associada Kaitlin Wade, da Universidade de Bristol e co-autora do estudo, ressaltou: "A obesidade representa um desafio sério para a saúde pública, com múltiplas influências, incluindo genética, ambiente e comportamento. Muitos destes fatores podem se originar na infância."

Wade acrescentou: "Estamos entusiasmados por ter contribuído com dados do estudo 'Children of the 90s' para esta investigação importante, que pode ajudar na identificação precoce de indivíduos em risco elevado de obesidade, potencialmente beneficiando a saúde pública no futuro."

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