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Angola reitera apoio à soberania dos membros da CPLP

O ministro do Interior de Angola, Manuel Homem, afirma que respeita a soberania dos Estados-membros da CPLP, refletindo sobre a nova lei de estrangeiros de Portugal em Luanda.

Durante uma conferência em Luanda, o ministro do Interior de Angola, Manuel Homem, salientou que Angola respeita a soberania dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A sua declaração surge na sequência da recente aprovação de uma nova lei de estrangeiros em Portugal.

"Aceitamos os compromissos assumidos no seio da nossa comunidade, mas, acima de tudo, reconhecemos a soberania de cada povo. Assim, Portugal, ao promulgar uma nova legislação, está a agir em conformidade com a sua soberania e a considerar as responsabilidades pautadas pelos acordos que integra", afirmou Manuel Homem à Lusa, à margem da VI Reunião dos Ministros do Interior da CPLP.

Quando questionado sobre a importância de condições favoráveis à mobilidade entre os países lusófonos, o ministro defendeu que é essencial que os Estados-membros usufruam de vantagens que fortaleçam a união da comunidade de língua portuguesa.

"É vital que os membros da CPLP tenham condições que lhes favoreçam, beneficiando a própria comunidade. Acreditamos numa CPLP forte e unida, que represente os valores da nossa língua e cultura. Por isso, prosseguiremos com o nosso trabalho para garantir que a mobilidade entre cidadãos da CPLP se mantenha vantajosa", acrescentou.

Em relação à cooperação na comunidade, Homem mencionou a evolução da CPLP, embora reconheça que ainda há "desafios a enfrentar", não apenas no que toca à mobilidade, mas também nas áreas da economia, formação e relações interpessoais.

"Estamos cientes de que ainda há muito por fazer, mas com o comprometimento dos nossos países e a regularidade do trabalho do secretariado, poderemos alcançar essas metas", disse o ministro.

Manuel Homem também destacou um memorando de entendimento recente entre o Comando-Geral da Polícia Nacional de Angola e a GNR de Portugal, com o intuito de fortalecer relações na formação de quadros e na partilha de experiências em investigação criminal.

O ministro expressou ainda as suas condolências às forças policiais de Portugal e do Brasil pelas perdas recentes, reafirmando o compromisso dos governos em garantir as melhores condições para as forças de segurança.

No dia 23 de outubro, em Portugal, dois militares da GNR faleceram após um acidente durante uma operação no rio Guadiana, e no Brasil, quatro polícias militares perderam a vida a 27 de outubro durante um combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.

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