Economia

Aumenta para 20,5 mil milhões o investimento no projeto de gás de Moçambique

O orçamento do megaprojeto de gás em Cabo Delgado foi revisto para 20,5 mil milhões de dólares, com retoma das atividades após anos de interrupção, segundo a TotalEnergies.

O presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, anunciou uma atualização do orçamento do megaprojeto de gás na Área 1 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, Moçambique, que agora ascende a 20,5 mil milhões de dólares. Durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre da empresa, que ocorreu na passada quinta-feira, Pouyanné garantiu que a remobilização dos empreiteiros já começou no local.

O responsável desmentiu informações veiculadas em alguns meios de comunicação que davam conta de um custo de 25 mil milhões de dólares. “O valor correto é de 20 mil milhões [17,2 mil milhões de euros] e inclui 4,5 mil milhões que já foram gastos nos últimos quatro anos devido à paralisação do projeto, que se deveu a questões de segurança causadas por ataques extremistas na região”, sublinhou.

Pouyanné referiu-se ao levantamento da cláusula de 'força maior' através de uma carta enviada ao presidente moçambicano, Daniel Chapo, em 24 de outubro, onde se anunciava a retoma das obras após um período de quatro anos de inatividade. O orçamento anterior, quando a TotalEnergies se retirou em 2021, era estimado entre 15 e 16 mil milhões de dólares.

“Com a adição dos 4,5 mil milhões e considerando os investimentos feitos em engenharia detalhada, alcançamos o valor de 20,5 mil milhões. Estamos prontos para avançar com a construção e contamos concluir o projeto até 2029”, afirmou Ponnyanné.

Por sua vez, o presidente de Moçambique, Daniel Chapo, mencionou que a proposta da TotalEnergies para uma extensão de 10 anos da concessão do projeto, com vista a compensar os prejuízos, deverá ser objeto de negociação. “É um processo que deve ser aprofundado para entendermos melhor os fundamentos que sustentam esta proposta”, afirmou Chapo durante uma conferência de imprensa em que abordou a sua recente visita aos Estados Unidos.

A TotalEnergies explica que a prorrogação se destina a minimizar os impactos económicos da interrupção das atividades. O cronograma para a primeira entrega de Gás Natural Liquefeito (GNL) foi, entretanto, alterado, passando de julho de 2024 para o primeiro semestre de 2029.

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