Bombardeamentos em Gaza resultam em perdas trágicas de vidas
Novos ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza deixaram um saldo devastador de 20 mortos, incluindo crianças, enquanto as tensões na região continuam a aumentar.
A Proteção Civil da Faixa de Gaza relatou que a madrugada de hoje foi marcada por novos bombardeamentos israelitas que resultaram na morte de pelo menos 20 pessoas, entre as quais seis crianças. Estes ataques atingiram zonas do sul e do norte da Faixa de Gaza, conforme confirmou Mahmoud Bassal, porta-voz de uma organização humanitária, à agência de notícias France-Presse (AFP).
Segundo a agência oficial palestiniana Wafa, um dos bombardeamentos teve como alvo o campo de refugiados de Shati, ao norte da Cidade de Gaza, onde pelo menos oito pessoas perderam a vida e outras 30 ficaram feridas. A emissora do Qatar, Al Jazeera, citando fontes médicas, reportou mais quatro mortes em ataques no centro e sul do enclave.
Este novo ciclo de violência ocorre numa altura em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se encontra em visita aos Estados Unidos. Na terça-feira à noite, Netanyahu realçou a determinação de Israel em alcançar os seus objetivos na Faixa de Gaza, que incluem a libertação de reféns e a neutralização das capacidades do Hamas.
"Estamos a operar com uma pressão militar intensa, o que, infelizmente, tem um custo doloroso, com a perda dos nossos melhores," afirmou Netanyahu. Durante o encontro com o Presidente dos EUA, Donald Trump, discutiu-se também o impacto do recente conflito com o Irão e as oportunidades de paz que podem surgir na região.
Por outro lado, o exército israelita procedeu à evacuação de nove sectores na cidade de Khan Yunis, onde mais de 425 mil pessoas habitam, antecipando o avanço das suas tropas na área. "Esta expansão das operações é uma resposta às ameaças terroristas," disse uma fonte militar.
A guerra em curso em Gaza teve início a 7 de outubro, após ataques do Hamas que resultaram em cerca de 1.200 mortos em Israel e a captura de mais de duzentos reféns. A retaliação israelita já resultou na morte de mais de 57.500 pessoas e na destruição maciça das infraestruturas na região, obrigando centenas de milhares a abandonar as suas casas.